Manchete do jornal O Estado de São Paulo repercute posicionamento do Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados.
Desde o último sábado, quando uma manifestação proibida por decreto foi realizada no centro do Recife, uma pergunta está deixando parte da imprensa inquieta: quem deu ordem para a Polícia Militar dispersar a pequena aglomeração?
Nem o Governo do Estado sabe responder. Porém, está claro que o fato vem sendo usado como trampolim político. Apontar ideologia “Bolsonarista” no trabalho da PM é uma das estratégias de transferir responsabilidades. “Policial não age por ideologia”, disse o Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Albérisson Carlos, no trecho resumido pelo jornal O Estado de São Paulo.
Antes, porém, Albérisson concedeu entrevista para a Rádio CBN Recife. Indagado sobre o mesmo tema, o Presidente da ACS-PE afirmou que fazer a relação da PM com Bolsonarismo, ou qualquer tipo de ideologia político partidária, é, no mínimo, um equívoco. Albérisson lembrou que a Polícia que é chamada para fechar comércio, proibir cidadão de caminhar no calçadão ou frequentar a faixa de areia da praia, é a mesma acionada para dispersar a aglomeração promovida por manifestação. “O policial não está em ocorrências porque quer. Ele é deslocado para os pontos onde pode estar havendo descumprimento de decreto do Governo. O PM segue ordens, seja ela para proibir o cidadão de fazer exercícios no calçadão de boa viagem, praças públicas e campos de pelada (futebol) etc. assim como recebe ordens para dispersar qualquer tipo de aglomeração. O cidadão policial vota em quem ele quer e segue a disciplina militar da mesma forma”, conclui o Presidente da ACS-PE.
Albérisson Carlos aproveitou a conversa com a imprensa para desejar boa sorte ao antigo e ao novo comandante da PMPE. A troca foi oficializada depois do confronto entre manifestantes e Batalhões de Choque e Rádiopatrulha na tarde do sábado, dia 29 de janeiro.