Ricardo Banana

População ateia fogo na casa do suspeito de matar jovem em Petrolina

imagemA população do bairro Quati I, na Zona Norte de Petrolina, ateou fogo na casa do suspeito de assassinar um jovem, de 19 anos. Revoltados com a violência contra o rapaz, os moradores arrombaram a casa e quebraram móveis na noite da quarta-feira (4). E no final da manhã da quinta-feira (5), um grupo voltou à casa do suspeito e quebrou o muro da frente da casa.

A frente da casa tinha sido pichada e o grupo escreveu a palavra “assassino”. Cerca de 15 a 20 jovens derrubaram o portão da residência e atearam fogo, que se alastrou pelo local. “Começaram a gritar e derrubar o portão. Quebraram as coisas. O fogo chegou até a casa da vizinha do lado. Ela chegou a tirar alguns móveis”, disse um dos vizinhos, que não quis se identificar. Os moradores da rua afirmaram que o autor da violência contra o rapaz era uma pessoa agressiva, principalmente quando bebia.

A Polícia Militar foi solicitada para evitar nova violência. O Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas. Mas na manhã desta quinta-feira, ainda era percebida muita fumaça saindo da casa do suspeito.

Alguns vizinhos já estavam mudando-se com medo de que outras agressões acontecessem. Um grupo de estudantes da escola que a vítima estudava foi até o local que ele foi morto e fez uma oração. Eles organizam uma passeata nesta sexta-feira (6) pelas ruas do bairro.

O autor do crime está foragido e sob investigação da Polícia Civil. De acordo com a delegada de Homicídios, Sara Machado, o inquérito foi aberto na quarta-feira, quando o rapaz morreu. Algumas testemunhas já foram ouvidas e familiares do suspeito deverão ser ouvidos ainda nesta quinta-feira.

“Pelo levantameto que a gente tem no inquérito é que o acusado é uma pessoa bastante fria, cruel e violenta com os vizinhos. Temos informações de outras lesões que ele teria praticado com alguns vizinhos. O acusado está foragido e estamos realizando todas as diligências para conseguir a prisão dele”, destacou a delegada.

A delegada destaca que o ocorrido na noite desta quarta não é um indicativo de ameaça à família do suspeito. “A família do suspeito se mudou na tarde seginte ao crime. Como foi um caso que teve um clamor público pela futilidade e pela crueldade, a população queimou a casa, mas não foi visto pela polícia como uma ameaça aos familiares, e, sim, como uma expressão de revolta”, disse a delegada.

O adolescente foi mutilado na última sexta-feira (30) quando parou debaixo de uma árvore em frente à casa do suspeito para ler uma mensagem no celular. O agressor, segundo a delegada Sara Machado, não gostava que as pessoas ficassem no local e, com um facão, atingiu o jovem na cabeça e nos membros inferiores e superiores, chegando a decepar uma das mãos.

As investigações mostram que não havia discussões anteriores entre os envolvidos que servissem de motivação para o crime. O rapaz morreu na terça-feira (3) após ficar internado no Hospital Universitário de Petrolina em estado grave. (G1 Petrolina)

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