Nesta quarta-feira (27), os funcionários dos correios fazem uma paralisação de advertência por 24 horas em diversos estados do país. Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, os carteiros estão concentrados na agência localizada na Avenida Guararapes. O protesto é contra o aumento de 17,9% no desconto do plano previdenciário dos funcionários e contra o sucateamento da instituição.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Carteiros de Petrolina, Antônio Lira, entre as principais revindicações estão também a necessidade de novas contratações e melhoria nas condições de trabalho. “Estamos passando por um verdadeiro desmonte. Estamos à margem de uma privatização e somos contra isso. Sem contar que em Petrolina, para se ter uma ideia, há um déficit de cerca de 30 funcionários, ou seja, para fazermos um serviço digno, são necessários mais 30 trabalhadores. Só que o último concurso foi em 2011 e nada de acontecerem novas contratações”, declarou.
Ainda segundo o presidente do sindicato, os funcionários estão sobrecarregados. “A cidade cresce e a demanda aumenta, quando alguém sai da empresa ou se aposenta as vagas não são repostas, então o trabalhador fica sobrecarregado. Uma demanda antiga nossa é de que as entregas sejam feitas pela manhã, quando o sol é mais ameno, é sabido que na nossa região, no período da tarde, a temperatura fica elevada e o trabalhador tem a saúde prejudicada. Todo funcionário dos correios hoje, que tem entre 5 e 10 anos de atividade, tem no mínimo uma hernia de disco”, afirmou Antônio Lira.
As entregas de cartas e encomendas ficam suspensas até as 22h desta quarta-feira. A paralisação foi decidia em uma assembleia do sindicato estadual que aconteceu nesta terça-feira (27), em Recife, na capital do estado. De acordo com os sindicalistas, uma nova assembleia esta marcada para esta tarde e, caso não sejam atendidas as revindicações, não é descartado o início de uma greve.
A Diretoria Regional dos Correios declarou, através de nota, que a empresa opera com normalidade em todo o Brasil, já que a paralisação é parcial e não afeta o atendimento à população. “Toda as agências estão abertas e todos os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis”, esclarece o órgão. A direção dos Correios declarou ainda que nenhum direito trabalhista foi retirado, que as negociações do Acordo Coletivo estão próximas e a falta de profissionais está sendo suprida com empregados temporários. A direção concluiu declarando que não haverá privatização. (G1)
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