Numa pesquisa do Portal da Transparência que o Blog costuma fazer para saber como andam sendo os gastos com os recursos púbicos em nossa região, uma notícia no mínimo, curiosa, chamou a atenção. O fato diz respeito aos gastos que o atual superintendente da Codevasf em Petrolina, Luciano Albuquerque, teve com viagens em quatro meses de agosto a dezembro de 2015. Os trechos mais visitados são Recife e Brasília. Conforme o Portal da Transparência, o superintendente consumiu gastos de R$ 28,9 com viagens e direito à diárias.
Foram R$ 17,2 em gastos com passagens e R$ 17,1 com diárias, tudo custeado pelos cofres públicos. Luciano Albuquerque assumiu a superintendência regional da Codevasf em Petrolina em agosto de 2015 no lugar do ex-prefeito de Granito-PE, João Bosco Lacerda que era indicação do Partido dos Trabalhadores, PT. Luciano foi indicação do Partido Progressista, PP, numa negociação para reforçar a base do governo federal no Congresso Nacional.
No comando do principal órgão do governo federal no sertão pernambucano, Luciano Albuquerque tem chamado à atenção pelas constantes viagens. Geralmente ele deixa Petrolina às quintas-feiras e só retorna na segunda ou terça-feira. Enquanto os gastos com viagens do superintendente surpreendem, o Blog apurou que a Codevasf tem sofrido com falta de dinheiro para custeio até dos fiscais das obras executadas pelo órgão no estado e execução de novas intervenções.
Informações dão conta que funcionários que são fiscais do órgão nessas obras têm em média R$ 10 mil para receber da Codevasf. Sem recursos, o resultado pode ser uma fiscalização deficiente ou até a falta dela nessas ações executadas pelo órgão com recursos públicos, o que pode ocasionar prejuízos à quem poderá se beneficiar dessas ações.
A pergunta que se faz é se a farra de gastos com viagens será praticada pelo superintendente Luciano Albuquerque também em 2016, já que o país vive um momento delicado em sua economia. O governo tem recomendado cortes em despesas de órgãos e empresas públicas, mas pelo que se observa, o superintendente da Codevasf em Petrolina não atentou ainda para essa determinação, pelo menos até o final do ano passado.
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