Pouca oferta e muita demanda, motivam falta d’água no Projeto Maria Tereza, afirma superintendente da Codevasf em Petrolina

Por Ricardo Banana
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Um núcleo irrigado projetado para receber 1300 pessoas e hoje comporta mais de 17 mil, ou seja, pouca oferta para muita demanda. Esse é o motivo principal da falta d’água constante no Projeto Maria Tereza, área irrigada de Petrolina-PE, maior cidade do sertão do estado. A informação é do superintendente da Codevasf, superintendência regional, Aurivalter Cordeiro, durante entrevista a uma rádio em Petrolina nesta manhã de terça, 11.

Por conta disso, a população do Maria Tereza tem há nove dias, sofrido com a falta de água constante, principalmente após as chuvas. Conforme relatos da população, a vila é abastecida pelo mesmo sistema das áreas de plantios e quando existe período chuvoso, a Codevasf reduz o abastecimento, prejudicando os moradores.

“Nós não operamos sistema de água, só implantamos. mas enquanto não houver o repasse da administração dessas vilas irrigadas para o município e assim a Prefeitura administrar a situação, a situação vai continuar com esse controle”, argumentou Aurivalter. Ele disse que já existe R$ 15 milhões para que sejam feitos investimentos na melhoria do sistema de abastecimento de água tratada para as famílias residentes nessas áreas.

No entanto, o superintendente explica que tudo recai no impasse do plano diretor para que o município assuma de fato os serviços das vilas irrigadas do perímetros, implantados na cidade e aí a Prefeitura passa a organizar a situação. Segundo o gerente de irrigação, José Costa, a Codevasf tem feito a sua parte, mas frisa que ela não pode operar sistemas de abastecimento.

“A gente tem feito as melhorias, as intervenções, mas administrar os sistemas não é de jurisprudência da Codevasf. A gente aguarda a conclusão desse processo do plano diretor para que essas dificuldades sejam amenizadas para a população irrigada de nossa cidade”, concluiu o gerente.

Aurivalter frisa que a empresa não tem autonomia financeira para investir em infraestrutura, tudo depende de repasses do governo federal.

“Só se consegue através de ações públicas por meio de emendas parlamentares ou do próprio governo federal que se interessa em promover isso, mas o que não é de obrigação da União essa manutenção, porque a situação está na jurisdição do município”, conta o superintendente, lembrando que tudo que foi feito de pavimentação nas vilas dos projetos irrigados em Petrolina, foi fruto do trabalho do senador Fernando Bezerra Coelho, mas outros representantes políticos da região podem fazer isso também para melhorar as condições estruturais e de vida para quem mora nessas áreas.

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