Economia

Preço da cesta básica sobe em 12 de 18 capitais em abril, diz Dieese

imagemO preço da cesta básica subiu em abril em 12 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (7).

Segundo o Dieese, as maiores altas foram verificadas em Recife (6,55%), João Pessoa (5,94%), e Belém (5,25%). Já as maiores retrações ocorreram em Salvador (-4,63%), Porto Alegre (-3,00%) e Campo Grande (-1,73%).

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, as 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações situaram-se em João Pessoa (22,33%), Aracaju (21,40%) e Recife (19,84%). Os menores aumentos foram verificados em Porto Alegre (6,08%) Florianópolis (7,36%) e Goiânia (8%).

Em SP, cesta básica subiu 2,39%

São Paulo continuou a ser a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 344,30). Em relação a março, houve aumento de 2,39% nos preços dos produtos essenciais, o oitavo maior em relação às 18 capitais pesquisadas. No acumulado do ano, a alta foi de 12,92%. Já na comparação com abril de 2012, o aumento é de 24,18%.

Atrás de São Paulo, as capitais com a cesta básica mais cara, segundo a pesquisa, são Manaus (R$ 339,64), Vitória (R$ 328,94) e Rio de Janeiro (R$ 327,52). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 247,72), Salvador (R$ 268,05) e Campo Grande (R$ 271,65).

Tomate ficou mais caro em 10 capitais

Segundo o Dieese, os preços da cesta básica sofreram influência em abril dos aumentos verificados no leite, feijão, farinha, pão francês e banana. O leite in natura subiu em 16 capitais. As maiores altas ocorreram em Brasília (9,52%), Campo Grande (7,69%) e Rio de Janeiro (6,16%).

Já o preço do feijão ficou mais caro em 15 capitais. As maiores elevações ocorreram em Goiânia (13,59%), Recife (11,67%) e João Pessoa (9,25%). Os preços da farinha aumentaram em 14 capitais, o preço do pão francês ficou mais caro em 13 locais e a banana teve seus preços elevados em 15 das 18 capitais pesquisadas.

O tomate, produto que vinha apresentando predominância de alta nos meses anteriores, ficou ainda mais caro em 10 capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Belém (18,55%), Recife (18,54%) e João Pessoa (17,66%). Os recuos foram apurados em oito localidades, com destaque para Salvador (-37,50%), Porto Alegre (-19,84%) e Goiânia (-16,19%). Na comparação anual, houve aumento em todas as 17 capitais com informações disponíveis. As variações mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (320,55%), Vitória (213,33%) e Aracaju (172,93%). Os menores aumentos foram apurados em Salvador (14,35%) Manaus (65,95%) e Belém (86,36%).

Desoneração da cesta básica

Segundo o Dieese, apesar da alta em abril, o comportamento do preço dos itens desonerados pelo governo federal pode ter contribuído para evitar um aumento maior do valor da cesta básica em 16 das 18 capitais pesquisadas.

Em abril, a grande maioria dos preços do conjunto de produtos básicos desonerados pelo governo federal apresentou queda de preço em relação ao mês anterior, segundo o Dieese. Dos produtos desonerados, cinco (como carne, manteiga, café, açúcar e óleo) fazem fazem parte dos itens que compõem a cesta básica do Dieese.

Em relação ao comportamento dos preços por capital, em Brasília, Curitiba e Porto Alegre, houve redução nos preços em todos os cinco produtos desonerados. “Na grande maioria das capitais, essa diminuição atingiu quatro dos cinco itens, indicando a predominância de queda nos preços destes produtos, entre as capitais pesquisadas”, afirmou o órgão.

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.892,47, diz Dieese

Segundo o Dieese, em abril deste ano o salário mínimo deveria ser R$ 2.892,47, ou seja, 4,26 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Em março, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.824,92 ou 4,17 vezes o piso vigente. Em abril de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.329,35, o que representava 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).

O valor é calculado mensalmente pelo Dieese com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. (G1)

Blog do Banana

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress