A prefeita de Afrânio, no Sertão do São Francisco, Lúcia Mariano (PSB), bem que poderia passar sem essa. Ela fez uma consulta ao Tribunal de Conta do Estado de Pernambuco (TCE-PE), sobre a possibilidade de empregar parentes na Prefeitura. De acordo com a consulta, a prefeita pergunta a Corte de Contas do estado, se pode autorizá-la a contratar parentes em primeiro, segundo e terceiro graus e a forma de acesso seria a análise curricular, ou seja, burlando a Constituição Federal que diz que para ocupação de cargos públicos o processo legal é o concurso público
Nessa pergunta desastrosa, a prefeita também esqueceu outra lei: a antinepotismo, que proíbe a contratação de parentes até terceiro grau, de administradores e ocupantes de cargos públicos. A lei pôs fim ao nefasto comportamento que existia, principalmente nas prefeituras brasileiras, quando prefeitos ou prefeitas transformavam o poder público municipal em verdadeiros cabides de emprego. Isso pode até existir ainda, especialmente nas cidades, principalmente no interior, mas quando descoberto, os gestores são responsabilizados e os parentes demitidos.
A população de Afrânio merece no mínimo uma explicação da prefeita Lúcia Mariano quanto a este tipo de questionamento ao TCE-PE, até porque existia um concurso realizado na gestão passada que foi anulado, segundo a administração atual, por irregularidades. Então como ela pode chegar a essa altura e querer saber se tem direito de contratar parentes na administração? A resposta está com a prefeita.