Os professores da rede municipal de ensino de Juazeiro participam até sexta-feira (12) da formação “Minha África Brasileira e Povos Indígenas”. A ação, realizada pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), é voltada para os educadores do Infantil V ao 5º ano do Ensino Fundamental e para os professores de história do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com a assessora de formação da Seduc e coordenadora do projeto Afro-Indígena da rede municipal, Cleidinalva dos Santos Martins, a formação é uma das etapas para a implementação da coleção “Minha África Brasileira e Povos Indígenas”, da editora Griô Educacional. “Nosso objetivo é, além de promover uma discussão sobre as Leis 10.639 e 11.645, que preveem a abordagem da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena na educação básica, fazer com que o trabalho com essa coleção contribua para a construção de uma sociedade mais inclusiva, consciente e representativa”, pontuou Cleidinalva.
A assessora pedagógica da Griô Educacional, Edna Macedo, destacou a importância do material didático e a sua contribuição para uma mudança de comportamento na sociedade. “A coleção ‘Minha África Brasileira e Povos Indígenas’ aborda a educação antirracista e será usado no município para os alunos do Infantil V ao 9º ano. Além de ter essa temática, é um material que vai ser usado de forma interdisciplinar, com a condição de trabalhar as habilidades da Base Nacional Comum Curricular da Educação, os temas contemporâneos transversais e ajudar os professores para que tenhamos uma mudança de comportamento e para que a gente possa incluir uma educação antirracista para os nossos alunos”, explicou.
Para o professor de História da Escola Municipal 2 de Julho, no distrito de Maniçoba, o uso do material pode ser uma ferramenta importante no processo de reconhecimento da nossa comunidade. “O uso desse material nas escolas tem tudo para dar certo. É uma temática importante e que não é muito abordada. A Seduc está fazendo algo muito positivo para o município de Juazeiro e para a Bahia, porque temos um número considerável de pessoas negras e de várias etnias indígenas. Então, isso é necessário para a gente se reconhecer enquanto povo negro e indígena”, frisou o educador.
Texto: Eneida Trindade – Ascom Seduc/PMJ