Presidente de associação dos forrozeiros pede preservação do legado de Gonzagão

Por Ricardo Banana
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“Luiz Gonzaga não foi só o forró, ele brigou pelo social, defendeu a região, mostrou que Exu, Pernambuco e o Nordeste deve ter vez e voz”. Foi com essas palavras que o presidente da Associação Luiz Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil e também um dos organizadores da Festa em Comemoração aos 100 anos de Luiz Gonzaga, Donizete Batista, comentou o tamanho da importância de Gonzagão para Exu.

A preocupação de Donizete é de ver vários estilos musicais se afirmando ser o forró. “Luiz Gonzaga nunca precisou dizer que o forró dele era pé-de-serra, era simplesmente forró”, conta. “Essa associação foi criada com o objetivo de manter todo esse legado deixado por ele”, explica.

Segundo Donizete, a associação participou ativamente da construção da grade de apresentações do evento. “Nós não aceitamos de forma alguma que viessem coisas estilizadas ou alguém que não representassem a cultura”, conta. Ele lembrou das homenagens feitas durante esse ano, tanto quando no carnaval como no são João. “Ficamos honrosos com a homenagem feita as Sapucaí”, fala.

Donizete fala que não haverá outros como Luiz Gonzaga. “Luiz deixou os seus discípulos. Nós somos discípulos, seguidores e amantes da cultura de Luiz Gonzaga. Nós temos a responsabilidade de manter viva a história dele, mas não tem como se comparar. A gente tem o Dominguinhos como uma referência e um respeito muito grande por ele”, fala.

Uma das grandes preocupações de Donizete é a banalização da música. Segundo ele, a música não tem mais letra, harmonia, melodia e faz referência a mulher negativamente. Ela explica que a sociedade também é responsável por resgatar a cultura e a família. Ele comenta que partir do momento que a música denigre a imagem da mulher, faz incitação a droga, a sexualidade antes do tempo, a violência e várias outras coisas que não nos trazem resultado algum, ela também se torna anti-cultural.

Segundo Donizete, a sociedade é importante para ajudar a preservar a cultura nordestina. “A sociedade também tem que participar disso. Como? Cobrando de seus representantes políticos que não é interessante que boa parcela dos Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repassadas para as Secretarias de cultura, sejam destinadas para pagar bandas que não contribuem para a cultura e a sociedade”, fala.

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