Após três horas de assembleia na tarde desta segunda-feira (27), os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) resolveram manter a greve da categoria, que paralisou as aulas há 101 dias. Com 193 votos a favor da continuidade, 42 contra e três abstenções, os docentes resistem à pressão do governo federal, que exige a retomada das atividades.
Mas a Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) admite ceder em alguns pontos da pauta de reivindicações. Os professores agora concordam, por exemplo, com a proposta do governo de aumentar o piso salarial de R$ 1.500 para R$ 2.000. Antes, lutavam por R$ 2.500. Também aceitam o teto de R$ 17 mil.
Além disso, os professores diminuíram de 5% para 4% o pedido de reajuste para cada degrau da progressão de categoria durante a carreira. Todos os pedidos foram protocolados no Ministério da Educação e no Ministério do Planejamento na semana passada.
A Adufepe rechaça o que chama de “pressão” do governo federal, que tem anunciado que não pode mais negociar com os professores universitários porque o prazo para enviar ao Congresso a Lei de Execuções Orçamentárias (LOA), que expira na próxima sexta (31).
“Isso não procede. A LOA pode ser modificada mesmo tramitando no Congresso. Por isso nós professores entendemos que é hora de fortalecer a greve e pedir que se reabram imediatamente as negociações com o governo”, reforça o presidente da Adufepe, José Luiz Simões.
Fonte: JC Online
Blog do Banana