Professores das universidades federais podem entrar em greve na quinta-feira

Por Ricardo Banana
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Os professores das universidades federais podem entrar em greve na quinta-feira, dia 17 de maio. Foi aprovado no sábado, em âmbito nacional, uma paralisação do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) coordenada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

Em Pernambuco, os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram pelo indicativo de greve. Na quinta-feira (17), antes do início oficial da greve, os professores da UFPE irão se reunir para avaliar os rumos da mobilização. A decisão foi tomada durante assembleia geral realizada pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), quando foram avaliadas questões como a situação da carreira atual dos professores e a estagnação nas negociações com o governo para um rejauste salarial. A categoria reivindica um aumento de 4%. No dia 25 de abril os docentes realizaram uma primeira mobilização cobrando as melhorias.

Em Belo Horizonte, os servidores do Centro Federal de Educação Federal Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) podem aderir à paralisação. Segundo o SindCefet-MG, uma assembleia na tarde desta segunda-feira vai definir se os professores param as atividades na próxima quinta. Os educadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) vão decidir amanhã à tarde sobre a adesão ao movimento.

Também estão na lista das instituições que podem começar a paralisação a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal de Lavras (UFLA), entre outras escolas cujos representantes sindicais participaram de reunião em Brasília com o Ministério da Educação. A rodada de reuniões locais, em cada universidade, acontecem hoje e terça-feira. Os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) não estão ligados ao Andes-SN, portanto não há indicativo de greve para a instituição.

A reunião, na última sexta-feira entre sindicatos e o ministro da educação, Aloizio Mercadante, definou que o governo transformasse o PL 2203/11 em Medida Provisória. A MP, que trata de reajuste para os docentes de universidades públicas, foi publicada nesta manhã no Diário Oficial da União (DOU).

Mesmo com essa medida, os sindicato mantém o indicativo de greve, porque as revindicações vão além do reajustes autorizado pelo governo. Os servidores querem a reestruturação da carreira docente, com valorização do piso (o vencimento base hoje é R$ 557,51 para uma carga horária de 20 horas semanais); incorporação das gratificações; valorização e melhoria das condições de trabalho docente.

Fonte: Diario de Pernambuco

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