Um Projeto de Lei apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco que limitar em R$ 200 mil o valor pago pela administração pública a artistas que vierem fazer shows e apresentações culturais no estado. O autor da proposta, o deputado Pastor Cleiton Collins, usa como justificativa os altos valores pagos para apresentações recentes, as “dificuldades na saúde e na educação” e a disparidade em relação aos cachês de artistas locais.
“Entendemos que o pagamento de R$ 500 mil para um artista, retirados do erário estadual, nos faz discutir e sugerir diretrizes para uma melhor maneira de gerir os recursos públicos”, diz o texto publicado no Diário Oficial do Estado no dia 22 de março. Ele sustenta que o PL está embasado em uma portaria do Ministério do Turismo, que já restringe o valor ao mesmo limite de R$ 200 mil.
“A partir da portaria, artistas que tenham interesse em fazer apresentações com cachê custeado pelo Ministério do Turismo têm, além de preencher uma série de pré-requisitos, receber o teto de R$ 200 mil”, afirma o parlamentar. “Uma vez que os recursos que constituem o erário são provenientes em sua maioria dos impostos recolhidos da população, devemos devolver à sociedade em forma de serviços o que lhe é de direito”. “Ainda se tudo fosse oferecido ao povo, consideramos uma quantia abusiva o pagamento de meio milhão de reais para apresentação de uma noite, enquanto o orçamento estadual está tão encurtado”, continuou, sem revelar a qual show está se referindo.
Recentemente, vale lembrar, artistas do piseiro e do sertanejo receberam cifras que somam milhões para se apresentar em Pernambuco. Somente em 2022, João Gomes recebeu R$ 2.460.00,00 de sete prefeituras de Pernambuco. Gusttavo Lima e Wesley Safadão tiveram cachê de R$ 1 milhão e R$ 700 mil, respectivamente, para se apresentar na Festa de Setembro da Prefeitura de Serra Talhada.