Projeto despertou interesse das crianças por arte nas comunidades de Petrolina-PE em comemoração ao mês da dança

Por Ricardo Banana
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Neste mês da dança, crianças de diversas idades, residentes em regiões periféricas de Petrolina (PE), tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo Meu Querido Catavento. As últimas apresentações foram realizadas ontem (16) e na última quinta-feira (12), na Associação Cultural do Samba de Véio da Ilha do Massangano e na Associação das Mulheres Rendeiras do bairro José e Maria. Durante a temporada de apresentações, realizada pelo Coletivo Trippé, foram apresentadas oito sessões com a participação de quase mil crianças.

Os alunos da Escola Municipal Santo Antônio assistiram ao espetáculo na Associação Cultural do Samba de Véio, na Ilha do Massangano. A coordenadora, Audeci Coelho, gostou da interação das crianças com os bailarinos. “Eles passam a conhecer mais sobre dança, teatro, o que é palco, plateia. Um espetáculo muito bonito que, além de tudo, atende o nosso público, já que é infantil”, ressaltou. Os estudantes também aprovaram, como Renato Augusto dos Santos, de 8 anos, que assistiu ao Meu Querido Catavento encantado. “Gostei quando entraram na caixa, eu ri muito, e também gostei de desenhar”, afirmou.

Crianças que participam da campanha “Nenhum Trabalho Vale Uma Infância”, promovida pela Associação Civil de Articulação para a Cidadania (Acari) assistiram ao espetáculo, na Associação das Mulheres Rendeiras. Para Thiago Santos, psicólogo e educador social da campanha, participar da ação agregou no projeto realizado com crianças que estão em situação de trabalho nas feiras livres da cidade. “Nós estávamos sentindo falta deste contato mais direto com o teatro e a dança, então foi um casamento perfeito”, afirmou. “Senti muita alegria e amei a parte do submarino”, disse Matheus Silva, 9 anos, que é atendido pela campanha da Acari.

As apresentações foram acompanhadas por um programa de mediação cultural da plataforma Primeiros Passos, criada pelo coletivo. A professora da Escola Municipal Professor José Joaquim, Francisca Lima, acredita que essa ação é muito importante. “O material educativo oferecido e as conversas realizadas servem de narrativa para eles que, além de terem assistido, vão pensar, lembrar o que aconteceu e socializar essa história depois”, comentou. O aluno Walacy Samuel Santos, de 8 anos, gostou das brincadeiras dos bailarinos em cena. “Adorei quando eles entraram na caixa e começou a tocar a música do peixinho. Não costumo ir ao teatro, mas agora quero ir mais vezes”, destacou.

O projeto é uma realização do Coletivo Trippé com produção assinada pela Pipa Produções e apoio financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Mais informações estão disponíveis no blog: http://coletivotrippe.blogspot.com.br/ e na página do coletivo no Facebook: http://facebook.com/coletivotrippe.

Ascom

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