O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu no domingo, 23, o apoio do PT ao governador Eduardo Campos (PSB), numa eventual aliança para as eleições presidenciais de 2018. Para Carvalho, será um gesto de grandeza do PT abrir mão do poder: “Eu não acho que é um cenário absurdo”, disse. “Pode ser maturidade do PT convidar outro partido para ser cabeça de chapa e voltar para a planície.”
Nome colocado no tabuleiro da sucessão, Campos disse em declarações recentes que não é hora de se falar em eleições, já que o cenário de crise internacional impõe muitos desafios ao país e à classe política. Só depois, segundo o governador pernambucano, seria prudente se falar em nomes.
“É preciso cuidar do Brasil. O diálogo é um ingrediente fundamental para ganharmos em 2013 a capacidade de fazer um grande diálogo nacional em torno dos mais elevados interesses da nação”, discursou. Depois, Campos sugeriu até uma aliança entre situação e oposição para o Brasil avançar: “Vamos cuidar do país, vamos retomar o crescimento econômico, vamos discutir o pacto federativo, vamos fazer o dever de casa porque não vai fazer bem jogar o Brasil numa luta insana numa conjuntura como essa. Em outros momentos brasileiros se construiu consenso sobre isso e o Brasil andou.”
Sobre a antecipação do debate eleitoral, o governador de Pernambuco assumiu o tom de indignação: “Acabamos uma eleição ontem e agora vamos montar quatro, cinco palanques hipotéticos e começar uma briga hipotética sobre assuntos nada relevantes e vamos deixar a 5ª nação do mundo submetida a essa lógica? Não tem nenhuma nação do tamanho do Brasil que esteja nesse momento precarizando o debate como tem muita liderança fazendo. Eu não vou fazer isso. Eu não vou.”
Dias depois Campos mudou de ideia e entrou de cabeça no debate “antecipado”. Declarou que quem defende a presidenta Dilma Rousseff neste momento deseja cuidar em 2013 do Brasil. “Quem pode cuidar do Brasil é Dilma. Nós temos de ajudá-la a ganhar 2013. Ganhando 2013, Dilma ganha 2014. Então a forma de ajudar Dilma é dizer: em 2014, todos nós vamos estar com Dilma. Claro. Por que não vamos estar com Dilma?”, indaga Eduardo Campos. (PE247)
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