É provável que nos próximos dias três das principais siglas que dão sustentação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciem uma união em torno das cidades do Jaboatão dos Guararapes, Recife e Olinda, na Região Metropolitana. A aliança tem por objetivo a eleição de Elias Gomes (PT) para o Palácio da Batalha e Luciana Santos (PCdoB) para o Executivo da Marim dos Caetés, bem como assegurar a reeleição de João Campos (PSB) na capital de Pernambuco.
PT e PCdoB integram a federação Brasil da Esperança, que conta ainda com o PV. As duas siglas têm trocado afagos ao longo das últimas semanas, principalmente em relação ao apoio do PCdoB da ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, à pré-candidatura de Elias Gomes, que tem intensificado as articulações para unir uma ampla frente progressista e democrática no Jaboatão dos Guararapes.
Já o PSB do prefeito João Campos tem defendido a manutenção da aliança com o PT em 2024. Esse entendimento é mútuo e foi externado por meio de uma resolução do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT, que sinalizou pela continuidade da parceria, apesar de ter destacado que, devido ao protagonismo da sigla em nível nacional e estadual, espera ocupar um lugar de destaque na composição da chapa majoritária no Recife.
Vale ressaltar que tanto Elias quanto João e Luciana têm figurado em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto publicadas até o momento. O mais recente levantamento realizado no Recife, divulgado na última semana pelo Instituto DataTrends, aponta, inclusive, a reeleição em primeiro turno do prefeito João Campos, que pontuou com 55,2% entre o eleitorado da capital.
Essa estratégia do PT, PSB e PCdoB pode garantir às siglas um cenário confortável de vitória em três dos mais importantes colégios eleitorais do estado e, consequentemente, a hegemonia do campo progressista em redutos elencados como prioritários pelo presidente Lula. Ao final, trata-se de um jogo de “ganha-ganha”, que fortalece o protagonismo da esquerda em Pernambuco e prepara o terreno para as eleições de 2026.
CURTAS
Guerra de dados – Em Serra Talhada, o líderes do governo e oposição na Câmara de Vereadores, Gin Oliveira e Vandinho da Saúde, estão travando uma guerra de números acerca das gestões Duque e Márcia. Gin garante que o ex-prefeito deixou R$ 24 milhões em débitos, já Vandinho diz que o município está atolado em dívidas graças a Márcia. E assim toda semana tem um round novo.
Coletiva – Assessores do deputado Luciano Duque reuniram a imprensa para rebater as acusações de Gin Oliveira sobre débitos herdados por Márcia. O staff do deputado garantiu que ele encerrou o governo com saldo bancário de R$ 21 milhões em dezembro de 2020.
Tá no pen drive – “Eu vou provar tim tim por tim tim, vírgula por virgula tudo que eu falei”, disparou Gin Oliveira após coletiva da assessoria de Duque. Ele garante que tem um dossiê da gestão Duque armazenado em um pen drive. E disse mais, se alguém provar que ele está mentido, renuncia ao mandato.
Com informações do Fala PE