Durante depoimento à CPI da Covid-19 no Senado que apura irregularidades do governo federal no combate à pandemia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confessou que o ministério da Saúde segue alheio às decisões de Jair Bolsonaro e não teve participação no decreto que ele pretende implementar em breve para impedir medidas de isolamento social.
O relator da CPI, Renan Calheiros, pressionou Queiroga para que ele respondesse se participou do decreto. O titular da pasta insistiu que não poderia fazer juízo de valor a respeito das decisões do presidente, mas confessou que a decisão não passou pela pasta da Saúde.
Calheiros então afirmou que, “se Jair Bolsonaro não baseia as suas decisões baseadas no ministério da Saúde, há então um aconselhamento paralelo à pasta”. Queiroga respondeu que desconhece um grupo paralelo e “que não faz parte desse suposto grupo que orienta o planalto”.
Com respostas vagas, Queiroga, quando questionado sobre a demora na aquisição de vacinas, disse que “não tenho como precisar se houver demora ou não” nos acordos com a farmacêutica.
Bolsonaro negou a aquisição de 11 marcas de vacinas no ano passado.
O titular da pasta também ignorou todos os ataques da diplomacia brasileira contra a China e disse que as “relações diplomáticas estão fluindo de maneira satisfatória”.
Nesta quarta (4) Bolsonaro disse que a China criou o vírus da Covid-19 propositalmente para lucrar com a pandemia. (247)