Ao afirmar que, em 2003, não indicou o irmão Clementino para a CODEVASF, o Ex-Ministro Fernando Bezerra renega o próprio irmão. Há pouco tempo, fez o mesmo, após mantê-lo por um ano na presidência da mesma CODEVASF, subordinada ao seu Ministério, e quando foi investigado por nepotismo. Minimizou, afirmando que fora uma “coincidência” ser o seu irmão o mais antigo diretor na casa, prevendo o estatuto que na vacância do presidente deveria o mesmo ser alçado ao cargo, o que ocorreu 21 dias após assumir ao Ministério.
Fora Fernando Bezerra que, em 1998, apresentou o então desconhecido Clementino Coelho, o irmão renegado, e o elegeu Deputado Federal, pelo PSB. Em 2002, tentou novamente reelegê-lo, dessa vez pelo PPS, mas sem sucesso. Na suplência do cargo de Deputado, fora para uma Diretoria na CODEVASF. Em 2006, Fernando rifou o irmão que não logrou êxito na eleição de 2002 e candidatou o próprio filho, Fernandinho. Mas o prêmio de consolação fora mantido, a Diretoria na CODEVASF.
O Ex-Ministro Fernando Bezerra tem todo o direito de afirmar que não recebeu dinheiro do doleiro, agora dizer que não indicou o irmão ao cargo comissionado na CODEVASF, logo na Quaresma, nos faz lembrar o episódio Bíblico quando Pedro negou a Jesus por três vezes.
Clementino está sendo negado duas vezes. Primeiro pelo irmão Fernando. Segundo, pelo ex-colega de bancada e ex-aliado Eduardo Campos.
Quem mais negará Clementino?
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