Governadora diz ser hora de deixar de lado o que chama de política menor e aprovar o pedido de R$ 1,7 bi
A decisão do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), de só votar em fevereiro de 2026 o projeto do Executivo que pede autorização para empréstimo de R$ 1,7 bilhão, não inibiu a governadora Raquel Lyra (PSD).Durante encontro na manhã desta segunda-feira na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), a chefe do Executivo estadual reforçou a importância de que a proposta seja votada ainda este ano e defendeu que problemas políticos não atrapalhem o trâmite da matéria.Está na hora de deixar uma discussão política menor para o lado, e permitir que essa votação seja colocada à mesa. É importante que esse projeto seja votado este ano, colocado em plenário. Tenho certeza de que no plenário, como nos outros, não vamos ter mais do que um voto negativo”, destacou a governadora, em discurso na Fiepe, durante evento que discutiu a instalação da Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco.
Raquel Lyra enfatizou a necessidade de começar o ano de 2026 já com autorização de empréstimo aprovada, para agilizar a captação de recursos e o encaminhamento de projetos estruturantes. Apelou para a mobilização da sociedade civil e o apoio da bancada estadual.
“É importante a mobilização da nossa sociedade para que isso possa ser posto em pauta antes do recesso da Assembleia Legislativa, para que a gente possa garantir o dinheiro, porque a gente faz bom uso dele. Temos carteira de projeto, licitações e andamento. Temos mais 3 bilhões de carteira de projeto esperando dinheiro para fazer a licitação”, explicou.
A governadora se diriigiu ao deputado estadual, Renato Antunes (PL), para agradecer a atuação da bancada na Alepe. “A bancada tem trabalhado muito. É a partir de uma forma diferente de fazer política que nós nos identificamos e conseguimos garantir uma gestão diferente que entregue resultado independentemente das próximas eleições”, pontuou.
Desde 2023, quando assumiu a gestão, a governadora já conseguiu a autorização da Alepe para captação de aproximadamente R$ 11 bilhões. A Casa reclama que maioria dos recursos não foi executada. Alega ainda que o único projeto pendente – o de R$ 1,7 bilhão – não tem mais espaço fiscal este ano. Por isso, o presidente Álvaro Porto, disse ter deixado para depois do recesso a votação da pauta.
Fonte: FolhaPE
