Reajuste só para policiais gera crise e Bolsonaro deve enfrentar a maior greve de servidores desde 2012

Por Ricardo Banana
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Servidores federais insatisfeitos com previsão de reajuste salarial apenas para policiais ameaçam deflagrar greve.

A aprovação do Orçamento de 2022 com corte de verbas para a Receita desencadeou uma crise entre servidores federais insatisfeitos com previsão de reajuste salarial apenas para policiais em 2022 que deve resultar na maior greve do setor desde 2012.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques, os servidores públicos devem cruzar os braços a partir de 2022. “A única forma de protesto vai ser reeditar o que fizemos em 2012, com a maior greve da história do serviço público”, disse.

A principal queixa da categoria é a reserva de R $ 1,7 bilhão no Orçamento, aprovado na terça-feira (21), para beneficiar policiais.

A reação começou com a entrega de cargos de chefia na Receita, e se espalhou para outros setores do serviço federal como o Ipea, peritos, auditores agropecuários, entre outros.

“O governo está atravessado na garganta há muito tempo. Deixar os outros sem nada está incomodando e gerando indignação como eu não via há muito tempo”, afirmou Marques.

Na Receita, mais de 600 servidores entregaram seus de cargo de chefia. Além disso, 44 ​​servidores entregaram os cargos de conselheiros do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), responsável por julgar disputas tributárias entre a União e contribuintes).

“Entendemos que a situação atual se mostra incompatível com o exercício das nossas funções, pelo que solicitamos a dispensa do mandato público que ou desempenhamos”, afirmaram os servidores em carta.

(Brasil 247).

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