Ricardo Banana

REFINARIA ABREU E LIMA TEVE SOBREPREÇO DE US$ 4,2 BI

imagemO relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aponta que um sobrepreço de US$ 4,2 bilhões na construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo Industrial Portuário de Suape, no Grande Recife. O valor, segundo o relatório, foi obtido a partir da diferença entre os custos informados pela estatal, de US$ 18,5 bilhões, e o valor de US$ 14,3 bilhões, obtido mediante a utilização de parâmetros internacionais.

Conforme o relatório final, a Petrobras “tenta apontar” a responsabilidade pelo aumento dos custos da refinaria a fatores externos, fora da esfera de atuação e competência da estatal.

Em seu parecer, o relator da comissão, deputado federal Marco Maia (PT-RS) rebate a estatal ao dizer que, “mesmo considerando-se os argumentos da Petrobras nas análises realizadas, os recursos despendidos pela estatal na implantação da Rnest não são compatíveis com as métricas internacionais, o que indica que outros fatores podem estar contribuindo para a elevação dos custos”.

Entretanto, no relatório consta que as investigações sobre a refinaria ainda estão em curso e “dificilmente” será possível apontar os responsáveis pelo sobrepreço.

Petrobras

A CMPI apura um esquema de pagamento de propina na Petrobras. Segundo as investigações, tanto a comissão como da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), empresas pagavam políticos e funcionários da estatal para serem beneficiadas em contratos. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está em prisão domiciliar, informou que os principais partidos beneficiados foram PT, PMDB e PP. PSB e PSDB também receberam propina. O esquema era liderado pelo doleiro Alberto Yousseff, que está preso na Superintendência da PF no Paraná. Pelo menos R$ 10 bilhões teria sido movimentados.

Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, lista 747 obras de infraestrutura de 170 empresas, cujos valores chegam a R$ 11,5 bilhões – 59% das obras têm a Petrobras como cliente final. Esses dados estatísticos levaram a Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações, a suspeitar de que os desvios de recursos de obras da estatal tenha alcançado outros setores da administração pública.

Na sétima etapa da operação Lava Jato, que tem como foco as empreiteiras,foram expedidos, nesta sétima etapa, 85 mandados em municípios de Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Paraná e do Distrito Federal.

No relatório, Maia concluiu que a investigação deve ser “aprofundada” em relação a quatro funcionários ou ex-funcionários da Petrobras, além de Paulo Roberto Costa: Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional), Pedro José Barusco Filho (ex-gerente-executivo de Serviços e Engenharia), Renato de Souza Duque (ex-Diretor de Serviços e Engenharia) e Silas Oliva (ex- gerente de comunicação). O relator recomendou, ainda, que a PF deve aprofundar a investigação sobre 25 agentes privados.

No caso das empreiteiras, veja a lista das que devem ser investigadas com mais profundidade, conforme recomendação do relatório:

1. Andrade Gutierrez S.A

2. Astromaritma Navegação S.A

3. Clyde Union Imbill

4. Consórcio Rnest

5. Construções e Comércio Camargo Corrêa

6. Construtora OAS S.A

7. Construtora Queiroz Galvão S.A

8. Engevix Engenharia S.A

9. Galvão Engenharia S.A

10. Gandra Brokerage

11. Grupo Odebrecht

12. Hope Recursos Humanos

13. Iesa Projeto, Equip. E Montagens S.A

14. Jaraguá Equipamentos

15. Mendes Júnior Engenharia S.A

16. Metasa S.A Indústria De Metais

17. Muranno Brasil Marketing Ltda

18. OAS Engenharia E Participações

19. Toyo Setal Emp. Ltda.

20. UTC Engenharia S.A

Fonte: Pernambuco 247

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