REFINARIA PRECISA DE MAIS R$ 3 BI PARA CONCLUSÃO, DIZ CPI

Por Ricardo Banana
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imagemOs membros da CPI da Petrobras, que nesta segunda-feira (18) participaram de uma vistoria às obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, informaram que a retomada até a conclusão total do empreendimento deverá custar cerca de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. A visita teve como objetivo verificar in loco os estragos resultantes do esquema de desvios e corrupção investigado pela Operação Lava Jato, que apura irregularidades na estatal. Após as denúncias, o Governo Federal suspendeu as obras e o repasse de verbas para a unidade ficou mais escasso.

Apesar da informação, os parlamentares observaram, porém, que o prazo e custo da retomada deverá ser informado pela Petrobras somente em junho, quando a companhia deverá anunciar o seu plano de investimentos para as obras que estão paralisadas há meses. “Mas ainda terá a licitação, a parte de plano de projeto. Vai demorar bastante tempo. É mais prejuízo que vamos ter”, disse o 3º vice-¬presidente da CPI, Kaio Maniçoba (PHS-PE).

De acordo com os parlamentares, o custo total do empreendimento deverá ultrapassar os US$ 20 bilhões, ficando entre 8% e 10% acima do que o previsto inicialmente. Atualmente o projeto está avaliado em US$ 18,5 bilhões e ainda não opera em sua totalidade. A Rnest foi projetada para produzir 230 mil barris diários, mas este volume atualmente é de apenas 74 mil barris/dia. A maior preocupação está junto ao chamado Trem 2, como é chamada a segunda linha de produção do empreendimento.

Alguns setores do Trem 1 também apresentam problemas. “Tem algumas partes do Trem 1 (1ª etapa) sem licença ambiental e não podem funcionar na sua capacidade de 90 mil barris por dia. Hoje, (refinaria) está funcionando com 70% da sua capacidade”, disse o parlamentar Maniçoba. “O custo real do prejuízo acumulado é incalculável. A quantidade de recursos perdidos com a falta de conclusão da obra e a elevação do custo da empresa devido a paralisação é lamentável. Estamos preocupados e vamos cobrara conclusão das obras”, completou Maniçoba. (Pernambuco 247)

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