Na cerimônia de inauguração do Terminal de Integração de Passageiros Acesso Norte do metrô, nesta segunda-feira (11), o governador da Bahia, Rui Costa, saiu em defesa de seu antecessor e correligionário, Jaques Wagner, que está no olho do furacão na Operação Lava Jato por causa de suspeitas sobre o financiamento de sua campanha de 2006, quando foi eleito para o primeiro mandato de chefe do Executivo baiano.
“Qual é o político que não pedia dinheiro às empresas para cumprir a lei?. Vou repetir as palavras dele: nada melhor que um processo de investigação para separar o joio do trigo”, disse Rui.
Rui Costa aproveitou as denúncias contra o ministro da Casa Civil Wagner para voltar a defender o financiamento público de campanha. “Você vai encontrar uma posição sempre clara do ex-governador, como é a minha, contra o financiamento privado. Ele sempre teve essa opinião, eu também sempre tive. Quando chegava a campanha, 100%, 200% dos políticos pediam ajuda aos entes privados. Era isso que nós éramos contra, por isso que ele sempre defendeu e eu sempre defendi que tivesse financiamento público, para não ter esse constrangimento, mesmo cumprindo a lei, como foi o caso”.
Delator da Operação Lava Jato, Nestor Cerveró declarou que a campanha de Wagner recebeu dinheiro desviado da Petrobras. Um conjunto de mensagens trocadas entre Wagner e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro também revela a negociação de apoio financeiro à campanha de Nelson Pelegrino, candidato do PT à prefeitura de Salvador em 2012 (foi derrotado por ACM Neto – DEM).
Pinheiro foi condenado a 16 anos de prisão pela Operação Lava Jato. (247)
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