Ao assinar em Washington, na terça-feira, um empréstimo de US$ 500 milhões com o Banco Mundial, o governador Eduardo Campos (PSB) estará literalmente salvando o segundo ano do seu governo. Não foi à toa, portanto, que ele foi ao Senado pressionar para garantir a aprovação do projeto que autorizava o estado de Pernambuco a efetuar o empréstimo, que equivale a algo em torno de R$ 900 milhões. Sem este dinheiro, o governador dificilmente teria recursos para concluir projetos como a recuperação das estradas (Caminhos da Integração), a conclusão de escolas técnicas e as UPAs de especialidade.
Isso porque os efeitos da crise financeira internacional também chegaram a Pernambuco. Já no ano passado, a receia do Estado ficou aquém do esperado. A arrecadação do ICMS, por exemplo, apresentou uma perda de R$ 350 milhões em relação ao planejado, o que deve se repetir este ano, além da diminuição nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Os R$ 900 milhões chegam como um dinheiro extra que pode garantir a meta do governo de investir R$ 3 bilhões em 2012. A aplicação desses recursos terá um impacto positivo, na medida em que, além de garantir a execução de projetos importantes, manterá a atividade econômica do Estado em níveis razoáveis.
Fonte: Magno Martins
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