´Se Dilma tivesse concluído o mandato, Lula teria sido eleito em 2018`, diz Bolsonaro

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

Em conversa com apoiadores no cercadinho do Alvorada na ultima terça feira(07), o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que seu mandato é resultado do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Segundo disse, caso a petista não tivesse sido derrubada naquele ano, Lula (PT) teria sido o vitorioso em 2018.

“Eu acredito que se a Dilma tivesse concluído o mandato dela, Lula teria sido presidente eleito em 2018. Ou pelo voto ou pelo [golpe, completaram os apoiadores]’, disse Bolsonaro. Na conversa ele também disse que o impeachment foi ‘um milagre’, assim como sua vitória na eleição dois anos depois.

O presidente também voltou a atacar as políticas dos governos pós-redemocratização, em especial o PT. “Tem pelo menos 30 anos de Paula Freire da vida aí…Você não vê nenhum país do mundo adotando essa…os ensinamentos desse cara”, iniciou os ataques, omitindo a recente homenagem ao estudioso brasileiro em uma das principais universidades do mundo.

“Investir pesado [na educação] não é igual a petralhada fala aí, botar dinheiro. Eu sei que o salário não é bom, dos professores, sei disso. Mas o investimento é no currículo, no conteúdo”, acrescentou, mais adiante. Emendou outra bravata: “O tipo dos livros do nosso tempo é bem diferente de hoje em dia. Hoje em dia você não aprende nada”.

Bolsonaro então votou a dizer que não interferiu na elaboração do Enem, mas que, se pudesse, teria barrado questões da prova deste ano. Ele voltou a prometer a seus apoiadores, no entanto que está atuando para que a prova em 2022 tenha ‘a cara do governo’.

“Alguns querem que a gente mude de uma hora para a outra, mas começa a mudança agora e no próximo Enem que vai ser nosso. Falaram que eu tentei interferir, se eu pudesse interferir, não ia ser esse tipo de Enem que  tá aí, de jeito nenhum”, destacou.

Sobre o tema educação, defendeu o modelo dotado durante a Ditadura Militar e passou vários minutos atacando quem defende conteúdos como adoção de uma linguagem neutra.

Desigualdade

No mesmo dia em que um relatório internacional comprovou que o Brasil se tornou um dos países mais desiguais do mundo, Bolsonaro também usou parte do seu tempo para pregar contra programas de distribuição de renda e projetos sociais no Brasil. Para ele, o País não deve fazer programas de combate à desigualdade social, como foi o Bolsa Família.

 “Ali [em cuba] prega facilidade, né? Você não tem que distribuir a renda. A palavra fácil esquerdalha é distribuir renda. Agora distribuir de quem? De quem trabalhou?, disse.

O levantamento desta terça mostrou que os 10% mais ricos no Brasil concentraram quase 60% da renda de toda renda nacional.

(Carta capital).

 

Related Posts