Em reunião no Palácio da Alvorada para tratar do discurso que fará no Senado no próximo dia 29, quando ocorrerá a votação final do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff voltou a dizer que se o Senado quiser repetir a sessão da Câmara do dia 17 de abril, que quando os deputados votaram pela admissibilidade do impeahment fazendo referências que viraram alvo de vexame, é um problema do Senado.
“Se me hostilizarem, não será problema meu”, disse a presidente a aliados, segundo reportagem de Marina Dias, da Folha. “Se o Senado quiser repetir a sessão da Câmara, é um problema do Senado”, acrescentou.
Naquele dia, deputados fizeram homenagens, por exemplo, ao coronel Carlos Brilhante Ustra, apontado como torturador de Dilma na ditadura. Outra deputada, Raquel Muniz (PSD), fez um discurso contra a corrupção para votar pelo impeachment e, no dia seguinte, seu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi preso acusado de fraudes em licitação na área da saúde.
Dilma receberá perguntas dos senadores na sessão do dia 29, mas não será obrigada a respondê-las. Ela fará um discurso em sua defesa e, segundo ela própria disse essa semana, “em defesa da democracia”. (247)
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