Em entrevista coletiva concedida a imprensa de Petrolina, a secretária de saúde do município, Lúcia Giesta, prestou esclarecimentos em relação à problemática pela qual vem passando a saúde da cidade, mais especificamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que há cerca de um mês vem passando por diversos contratempos, entre eles a redução do quadro de funcionários e a falta da Unidade de Serviço Avançado (USA), que possui UTI. Com as medidas adotadas, a expectativa é de que até esta quarta-feira (19), os serviços voltem a normalidade.
Segundo a secretária de saúde, as atividades devem voltar a funcionar com a ajuda de uma verba extra, liberada pelo Ministério da Saúde (MS). “Desde o primeiro momento, quando surgiram as dificuldades financeiras, buscamos junto ao MS, formas de resolver a situação. Nesse momento elaboramos um documento solicitando uma verba extra, até que tenhamos a cobertura de 100% do Samu no Estado de Pernambuco,existente hoje apenas na região metroploitana, Caruaru e Petrolina. Como tivemos um posicionamento positivo, estamos concluindo uma nova escala de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para que o serviço volte ao normal, como estávamos trabalhando anteriormente”, esclareceu.
Sobre as demissões, a gestora da pasta lembrou que o serviço funciona desde o ano de 2004 e deste então os recursos enviados não foram reajustados. “Nos últimos anos houve aumento dos honorários dos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores, subiu o preço do oxigênio, da gasolina e de tudo mais que envolve o serviço pré-hospitalar móvel. Com isso passamos por dificuldades financeiras e tivemos que diminuir o quadro de funcionários.” Com a decisão tomada pela SMS, o Cremepe interditou eticamente o Samu e definiu que os médicos não iriam comparecer ao plantão da última sexta-feira (14).
Após uma conversa som o prefeito Julio Lossio, ficou acordado que alguns médicos seriam readmitidos, outros novos seriam contratados e uma nova equipe está sendo montada para o serviço. “O município reconhece todas as dificuldades existentes, mas este não é um problema apenas de Petrolina. Temos as mesmas dificuldades em outras cidades que estão inclusive com ambulâncias paradas, mas em Petrolina estamos tentando manter um atendimento de qualidade. Em nenhum momento houve acanhamento da gestão no sentido de buscar soluções para sanar o problema que estamos enfrentando”, finalizou.
Ambulâncias – O Samu está funcionando com quatro Unidades de Serviços Básicos (USB) e uma motolância. Nos próximos dias, uma das UBS será transformada em uma Unidade de Serviço Avançado (USA) e mais uma reserva técnica. A USA, ambulância com UTI que servia ao município está na cidade de Feira de Santana, numa loja autorizada para reparos técnicos. A previsão é de que os serviços terminem na primeira semana de janeiro.
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