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O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, disse neste domingo (24) que irá deixar a pasta nesta segunda-feira (25).
Oliveira está no cargo desde a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Ele já havia apresentado um pedido de demissão no dia 15 de abril, que, na ocasião, foi negado.
O secretário disse, em mensagem enviada a servidores e contatos de WhatsApp neste domingo, que irá auxiliar o ministro interino Eduardo Pazuello nas ações de resposta à pandemia do coronavírus.
“Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida”, escreveu. Oliveira não é militar, mas é do quadro de funcionários do HFA (Hospital das Forças Armadas).
O secretário, assim como Mandetta, defende o isolamento social para achatar a curva de contágio do novo coronavírus. A tentativa de saída do ministério se deu no auge do embate entre Mandetta e o presidente Jair Bolsonaro.
Ele ficou conhecido como o representante técnico da pasta, responsável por apresentar as medidas de enfrentamento à Covid-19 e traçar estratégias de combate à doença.
Assim como Mandetta, sempre vestia o colete do SUS. A prática foi abandonada na gestão de Nelson Teich, que também deixou o governo -por rejeitar mudanças no protocolo da cloroquina.
Neste domingo, o secretário avisou na mensagem que estava saindo de grupos de trabalho. “Está chegando o momento de despedida.”
Ele permaneceu no cargo de secretário a pedido de Mandetta e Teich, mas, segundo ele, já estava definida com Pazuello sua saída permanente.
O secretário é enfermeiro epidemiologista. Em 2009, foi aprovado em concurso público para servidor do HFA, para onde irá retornar.
Oliveira é mestre e doutor em epidemiologia pela Faculdade de Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). (Diário de Pernambuco)