Dos 26 reservatórios que existem no Sertão pernambucano, 22 estão em colapso, ou seja estão com menos de 10% da capacidade total. Os dados são da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Isso é reflexo do período de seca que a região está passando e fez também com que dos 185 municípios de Pernambuco, 126 entrassem em situação de emergência.
O agricultor, Juarez José Tibúrcio, é de Uruás, na Zona Rural de Petrolina. Ele estava esperançoso com a plantação de milho após a chuva intensa do início do ano. Mas três meses após semear, o cultivo acabou morrendo. “A gente estava todo mundo animado, plantamos, mas até agora não deu foi nada. Não deu nem um caroço de milho. A gente pensava que ia chover muito, choveu, mas foi só um mês”, lamentou o agricultor.
Das áreas de sequeiro, nenhuma plantação de milho e feijão sobreviveu. O prejuízo foi de toda a produção. Em um dos açudes em Uruás é possível caminhar, de tão pouca água. De acordo com o agricultor, Constantino Araújo, as barragens secaram rapidamente. “Está secando muito rápido! O povo está se admirando porque tá secando rápido a água. Nunca aconteceu isso aqui, porque a chuva sempre continuou e agora parou de vez. Vai ser muita dificuldade para o povo aqui da região”, disse Costantino.
Para não morrer de sede, uma alternativa é a distribuição de água com os caminhões-pipa, da Operação-Pipa do Governo do estado. Mais de 300 veículos são equipados com um sistema de registro e localização com cartões magnéticos para garantir que a água de boa qualidade chegue a quem precisa.
De acordo com o coordenador de Defesa Civil de Pernambuco, tenente coronel Luíz Augusto Oliveira, nesta Operação há uma quantidade de água determinada a ser distribuída por família. “A Defesa Civil do estado trabalha com uma quantidade de 20 litros de água por pessoa, por dia. Essa quantidade de água é suficiente para a sobrevivência dessas pessoas nesse período difícil e a frequência com que essas famílias recebem água depende muito da quantidade de pessoas. Dependendo da quantidade de pessoas, o carro pode passar lá em dois, três dias, uma semana ou um mês. Essa quantidade é suficiente pra manter todas as pessoas abastecidas e ninguém ficar sem água”, afirmou o coordenador da Defesa Civil.” (G1 Petrolina)
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