O plenário do Senado aprovou, esta semana, por unanimidade, o Projeto de Resolução 95/2023, que autoriza a contratação de operação de crédito externo, no valor de até US$ 202 milhões, pela Companhia Pernambucana de Saneamento, matéria relatada pelo senador Fernando Dueire (MDB) em tempo recorde, primeiro pela Comissão de Assuntos do Senado (CAE), pela manhã, em seguida pelo plenário da Casa.
“É um dia para ser comemorado pelos pernambucanos e pela Compesa. A gente sabe dos desafios do que é levar água à casa das pessoas e esses recursos permitirão que, acompanhado um plano estratégico da companhia, possamos levar mais água, diminuir e eliminar o racionamento em várias cidades de Pernambuco”, desabafou o presidente da Compesa, Alex Campos, designado pela governadora Raquel Lyra para acompanhar a votação.
Relator da matéria, tanto na CAE quanto no Senado, Fernando Dueire disse que cumpriu com a missão delegada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Foi uma honra relatar esse empréstimo para levar mais água aos pernambucanos. Água é sinônimo de vida, especialmente num Estado tão carente como o nosso”, disse o senador. Não fosse Dueire, que dedicou seu tempo integral no dia de ontem, a autorização do empréstimo não teria passado com tamanha rapidez tanto na CAE quanto no plenário da Casa.
De acordo com o presidente Alex Campos, dentro do plano inicialmente apresentado ao Banco Brics, no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), estão programados um conjunto de ações espalhadas por todo o Estado. “O foco desse empréstimo são as ações para melhorias do abastecimento da água em Pernambuco. A água é um bem caro e difícil de ser buscado. O grande desafio de companhias como a Compesa é produzir água com qualidade, tratar água e levar água para a casa das pessoas”, comemorou Campos.
Para tanto, ele argumenta que grande parte dos recursos do empréstimo terá como foco a construção de estações de tratamento de água, redes de distribuição e adutoras, permitindo, desta forma, reduzir o déficit de abastecimento que há hoje no Estado. “Tem lugares que para cada um dia com água, há 20 sem água. Isso inclui desde cidades da região metropolitana a cidades do Agreste”, afirmou.
O Agreste, segundo Campos, é uma das regiões com pior balanço hídrico do País. “Então, um dos maiores focos desse empréstimo é justamente ir ao encontro desse déficit. Quando a gente fala de eficiência, há um projeto, que é um programa de Eficientização e expansão do saneamento de Pernambuco e o foco dele também é a melhoria da eficiência na distribuição da água também”, explicou.
Segundo Alex Campos, embora as etapas de estruturação desse empréstimo tenham sede no Governo anterior, só neste ano, após o envolvimento direto do secretário de Recursos Hídricos do Estado, Almir Cirilo, houve alguma movimentação no sentido de ir ao encontro dos recursos. “Várias etapas administrativas foram vencidas, junto ao Ministério da Fazenda, Casa Civil”, disse.
Destacou o papel exercido diretamente pelo senador Fernando Dueire, que, segundo ele, se empenhou pessoalmente no sentido de tirar da Casa Civil e levar ao Senado Federal. “Com isso, a gente conseguiu eliminar um tempo significativo dando mais expectativa na utilização desses recursos”, afirmou.