A comunidade de Mulungu, situada no município de Sento Sé, norte do Estado, continua enfrentando uma crise severa de abastecimento de água potável. Os moradores, que vêm sofrendo há anos com a escassez, estão indignados com a falta de ação das autoridades municipais diante dessa situação alarmante. Apesar de possuírem uma rede de encanação de água, os residentes da região são forçados a carregar baldes na cabeça em busca de água, uma prática que remonta a tempos passados e que deveria ter sido superada há muito tempo.
Os moradores questionam a falta de eficiência na distribuição de água, já que, em ocasiões anteriores, houve registros de água chegando às torneiras quando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) esteve presente. “Não estamos pedindo caridade. Queremos uma solução efetiva para a falta d’água em Mulungu. Somos humanos e merecemos ser ouvidos. Durante as campanhas eleitorais, sempre nos procuram, mas depois esquecem dos problemas que enfrentamos. Estamos cansados de promessas vazias e esperamos que a situação seja resolvida o mais rápido possível, para que nós possamos desfrutar de um direito humano fundamental: o acesso à água potável”, declarou, Regislene Rocha uma das líderes comunitárias que vem lutando pela causa.
A indignação da população se acentua ainda mais com a inconsistência no fornecimento de água por caminhões-pipa. Segundo relatos, a comunidade é atendida com água doados por esses veículos pela prefeitura, mas os intervalos entre as entregas são extremamente longos, deixando os moradores sem acesso à água por períodos prolongados. Diante da gravidade da situação, os moradores de Mulungu prometem não se calar e continuarão a lutar por seus direitos básicos. Eles esperam que as autoridades municipais acordem para a urgência do problema e tomem ações concretas para garantir o abastecimento regular e adequado de água potável.