A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina e o Hospital Dom Malan – unidades do estado geridas pela Fundação de Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes (FGH Saúde) no sertão – realizaram, na última semana, uma programação alusiva ao Dia Mundial da SEPSE (DMS).
No Brasil, durante todo o mês, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), coordena as ações desta campanha voltadas tanto para profissionais da saúde, quanto para o público geral, levando conhecimento para a população, como fizeram as duas Unidades, tendo como base o tema de 2022 “Passos para o uso racional de antimicrobianos na SEPSE”; e o ciclo que envolve a doença (Prevenção, Reconhecimento, Tratamento, Reabilitação).
Na UPAE Petrolina, as ações aconteceram nos dias 15 e 16. “Tivemos como foco os enfermeiros e técnicos de enfermagem da emergência, pelo próprio perfil do serviço, e realizamos uma sensibilização in loco. Para a ação utilizamos placas informativas, cartazes, muita conversa e um momento de perguntas e respostas. O resultado foi bem positivo e acredito que com um reconhecimento precoce da SEPSE podemos oferecer um melhor prognóstico ao paciente”, avalia a enfermeira gerente interina da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Samira Braga.
Já no Hospital Dom Malan, as ações foram realizadas nos dias 14 e 15 de setembro. A enfermeira gerente da CCIH, Márcia Ribeiro, montou uma instalação interativa na entrada do hospital e abordou os profissionais de saúde com a entrega dos laços rosa (símbolo da campanha), folder virtual e um quiz de perguntas e respostas sobre a SEPSE. Também teve mural e material visual para fotos. O evento contou com a participação de funcionários, pacientes e usuários.
“Quem passou pelo local e teve interesse na septicemia, conheceu um pouco mais sobre a popularmente conhecida infecção generalizada. Tivemos o prazer de esclarecer alguns pontos, inclusive o relacionado ao uso de antimicrobianos, e o resultado nos surpreendeu”, revelou Márcia.
Sobre a SEPSE
A sepse ocorre quando substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea para combater uma infecção desencadeiam uma inflamação em todo o corpo. Isso pode causar uma série de alterações que danificam diversos sistemas de órgãos, levando-os a falhar e, às vezes, resultando até em morte. Os sintomas incluem febre, dificuldade respiratória, pressão arterial baixa, ritmo cardíaco acelerado e confusão mental. O tratamento inclui o uso de antibióticos e fluidos intravenosos.
O uso indiscriminado de antibióticos, por sua vez, pode alterar a resistência das bactérias que causam doenças e tornar o medicamento ineficaz no seu combate. Ou seja, quando realmente for necessário, como em casos de infecção bacteriana e SEPSE, o remédio não vai mais agir ou “fazer efeito”.
ANTIBIÓTICO NÃO SERVE PARA TUDO E NEM DEVE SER USADO EM EXCESSO. Os antibióticos só agem contra infecções causadas pelas bactérias específicas que sejam sensíveis àquele determinado composto e devem ser prescritos exclusivamente após avaliação médica.