Sessão com debates acalorados na Câmara de Petrolina

Por Ricardo Banana
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imagemO clima já começou quente na sessão da Câmara de Vereadores de Petrolina, no sertão, nesta terça-feira, 15, com a resposta da vereadora Maria Elena Alencar, PSB, ao colega Manoel da Acosap, PHS que na sessão da semana passada, acusou a colega de ‘usurenta e carniceira’ entre outros termos. Acosap atacou Maria Elena por ela ter dito na imprensa que ele estava recebendo benesses para votar à favor do governo.

Elena é da bancada da oposição e Manoel já integrou. Adjetivos como leviano, covarde e mentiroso, foram alguns exemplos do duro discurso da socialista.

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“Levianas, mentirosas, covardes, foram as suas colocações contra a minha pessoa e meus familiares. Lamento o senhor não ter avançado um pouco mais pra eu abrir uma ação contra o senhor. O senhor pode ser contra minha postura legislativa, mas não aceito a crítica pessoal”, disparou a vereadora.

Acosap calçou as sandálias da humildade, pediu desculpas por ter sido deselegante em sua fala, mas alegou que só se alterou por ter ouvido da vereadora na imprensa que estava sendo beneficiado para votar à favor do governo. Ele discordou do PL da vereadora que teve parte vetado com o voto sim de Manoel.

“Não sou covarde. Votei contra a senhora e mantive o veto porque costumo votar com minha consciência e não por receber nada de ninguém. A senhora que me desrespeitou, a mim e ao vereador Betão. Peço desculpas a senhora e seu irmão que é uma pessoa de bem, mas eu tenho caráter. Nunca sai por ai falando dos colegas desta Casai”, respondeu Acosap.

Autorizativo – Uma palavra: autorizativo. Essa palavrinha levou o plenário da Casa Plínio Amorim a viver quase dias de Conselho de Ética da Câmara Federal. Tudo porque um projeto de lei de autoria do vereador Alvorlande Cruz, PRTB, entrou na pauta no meio da sessão. A proposta obriga escolas das redes municipal e privada de Petrolina a implantar sistemas de monitoramento com câmeras.

Alvorlande quis dá uma resposta rápida do poder legislativo diante da consternação da cidade pelo assassinato covarde da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, ocorrido na quinta, dia 10, durante festa na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, da rede particular. Só que os colegas de Alvorlande alegaram que não tinham visto o texto antes e ainda, muitas matérias que vão exigir custos, têm trocado o termo obrigatório por autorizativo, então o PL de Cruz não poderia ser diferente.

“Não podemos ter dois pesos e duas medidas para tratar a mesma questão nesta Casa”, avaliou as vereadoras Cristina Costa, PT e Maria Elena Alencar, PSB e os vereadores Manoel da Acosap, PHS e Ronaldo Cancão, sem partido.

Depois de quase uma hora diante desse debate, Alvorlande enfim consentiu a mudança do termo e a matéria foi aprovada junto com outros projetos do poder legislativo, por 16 a 0. (Cinara Marques – Jornal Tribuna do Estado de PE)

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