Educação

Sintepe não quer substituição do piso pelo INPC

Professores querem manter o índice de reajuste atual

 Concomitantemente com a greve nacional, os professores pernambucanos encamparam mais de 100 dias de greve no final do primeiro do semestre deste ano e mostraram resistência às propostas dadas pelo governo federal e pelo governo estadual , permanecendo mais tempo parados do que as outras classes da mesma categoria, registrando uma greve histórica no Estado de Pernambuco.

 Em entrevista ao Programa Nossa Voz desta terça-feira (04), o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe)/Regional Petrolina, Robson José Nascimento, declarou que houve uma atitude antidemocrática do Governo Estadual. “O Governo não reconheceu o direito constitucional de greve dos trabalhadores em educação, cortando o ponto, colocando substitutos que não primaram pela qualidade no ensino”, explicou.

 O sindicalista acredita que os frutos estão sendo colhidos a partir de agora. “Tivemos o compromisso do governo, ano passado, de fazer o reajuste do piso este ano, nos percentuais de 22,22%, estamos na discussão de reformulação do Plano de Cargos e Carreira, na perspectiva que o Governo encaminhe o Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa ainda este ano para que no próximo ano, a gente tenha o reajuste salarial nacional com o plano já reformulado, incluindo todos os profissionais de educação: os assistentes administrativos educacionais e os auxiliares administrativos educacionais”, acrescentou.

 No mês de julho deste ano, representantes de Estados e municípios e de professores não chegaram a um acordo sobre como deve ser feito o reajuste do piso salarial do magistério. De um lado, os gestores reclamam do tamanho da conta a pagar e da falta de recursos, de outro, professores querem manter o índice de reajuste atual. “A pretensão é trocar a variação do custo-aluno que para o ano que vem é de 21, 24 % pelo INPC (Índice da Inflação de Preços ao Consumidor), então esse índice prejudica a carreira a evolução da carreira do magistério e o piso salarial nacional, aonde o reajuste chega a ser menor que a do próprio salário mínimo, ficando muito defasado. Essa troca é prejudicial à educação”, argumentou.

Fonte: Grande Rio AM

Blog do Banana

 O Projeto de Lei (11.738/08), depois das eleições deve voltar a discussão e análise na Câmara (3776/08) e os sindicatos que representam a categoria, incluindo o Sintepe/Petrolina, são contra justamente a aprovação dessa substituição prevendo o reajuste do piso de acordo com o INPC que para o sindicato só vai eliminar a defasagem gerada pela inflação, mas não vai garantir ganho real no salário dos professores. Os professores querem manter o índice de reajuste atual.

 O impacto da correção do piso nos Estados em 2012 é de mais de R$ 8 bilhões, de acordo com estudo do Consed, Conselho Nacional de Secretários de Educação.

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