Equipes do Sindicato dos Agricultores Familiares de Petrolina (Sintraf Petrolina), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), da Fundação de Desenvolvimento Sustentável do Araripe (Fundação Araripe) e da Prefeitura Municipal de Petrolina visitaram a comunidade Volta da Carolina, em Petrolina, para análise de áreas degradadas, nesta quarta-feira (22). Essa ação faz parte do Projeto “Reflorestando Unidades de Conservação Para Promover a Sociobiodiversidade da Caatinga”, que visa o reflorestamento com plantas nativas de duas Unidades de Conservação (UC), o Parque Estadual Serra do Areal; e o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Riacho do Pontal, ambos no município.
A comunidade Volta da Carolina fica situada numa área vizinha ao Parque Estadual Serra do Areal. Além da visita técnica ocorreu também uma reunião com agricultores e agricultoras que apresentam potencial para participação no projeto.
Na oportunidade, a responsável técnica a Engenheira Florestal, Jordania Araújo da Fundação Araripe, apresentou a comunidade os objetivos e as metas que pretendem-se alcançar com a execução deste projeto, sempre salientando a necessidade do apoio da comunidade local. “Quando a comunidade faz parte da construção e implementação de um projeto deste, eles se sentem parte integrante do processo, e isto é fundamental para êxito de tudo que será realizado”.
A presidente do Sintraf Petrolina, Isália Damacena, também pontuou os requisitos principais para participação no projeto, que é morar na zona de amortecimento de umas duas Unidades de Conservação (UC). “É um projeto de extrema importância ambiental que também trará benefícios financeiros aos agricultores, e nós do Sindicato vamos sempre acompanhar e incentivar ações desta natureza”, destaca Damacena.
A zona de amortecimento é delimitada pela distância de 3 km, a partir dos limites das Unidades de Conservação. Para participarem, os agricultores aptos a adesão preencheram um formulário de cadastro de proprietário rural como potencial beneficiário do projeto. Para participarem desta ação, os agricultores precisam ter a documentação comprobatória da titularidade sobre a propriedade que moram, um dos requisitos básicos de participação e estarem aptos a seguirem com os plantios das mudas nas áreas degradadas da unidade que será reflorestada.
O Projeto considera a importância de remunerar os agricultores pela participação, recursos este que deverão ser empenhado para o processo de plantio e cuidado das mudas, além de possíveis contratações de mão de obra na construção de cercas, no entorno das áreas de recuperação ambiental. “Para garantir o desenvolvimento das mudas e evitar a interferência de animais de criação dos agricultores ou de outros moradores das proximidades”, acrescenta a Isália Damacena.
Após a reunião, a Engenheira Florestal junto com a equipe de campo da Univasf, acompanhada por integrante da comunidade Volta da Carolina, do Sintraf Petrolina e da Prefeitura coletaram dados de georreferenciamento das áreas, onde foram constatadas a aptidão para execução das ações do Projeto.
Mônia Ramos- Jornalista Ascom
