Margareth Palloci, esposa do ex-ministro, alegou que a restrição dos bens alcançou o patrimônio do casal, o que – segundo ela-, era ilegal porque atingia “indevidamente” a sua parte no patrimônio.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, determinou o desbloqueio de R$ 17 milhões de Antônio Palocci, em favor de Margareth Palocci – esposa do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma Rousseff.
Margareth alegou que a restrição dos bens alcançou o patrimônio do casal, o que – segundo ela-, era ilegal porque atingia “indevidamente” a sua parte no patrimônio.
O ministro Nunes Marques pediu vista e suspendeu, em abril, o julgamento do recurso que trata da anulação de processos abertos contra o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato. Com a suspensão da análise do caso, o julgamento permanece empatado em 2 votos a 2.
Até o momento, os ministros André Mendonça e Edson Fachin votaram contra a anulação. Gilmar Mendes e Dias Toffoli se manifestaram a favor. O julgamento não tem data para ser retomado.
Ao entrar com recurso, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu que as provas contra o ex-ministro foram obtidas “a partir de múltiplas fontes e em diferentes instâncias” e que seus argumentos não encontram “suporte probatório, configurando mero inconformismo com o regular prosseguimento da persecução penal”
Em fevereiro deste ano, Toffoli atendeu ao pedido de anulação feito pelos advogados de Palocci e aplicou os precedentes da Corte que consideraram o ex-juiz Sergio Moro parcial para proferir as sentenças contra os réus das investigações. Moro era o juiz titular da 13ª Vara Federal em Curitiba.
Com a decisão, todos os procedimentos assinados por Moro contra Palocci foram anulados. Em um dos processos, ele foi condenado a 12 anos de prisão.
Réu confesso, Antônio Palocci fechou acordo de colaboração premiada e delatou propinas de R$ 333,59 milhões supostamente arrecadadas e repassadas por empresas, bancos e indústrias a políticos e diferentes partidos nos governos Lula e Dilma Rousseff (2002-2014).
Apesar da anulação, o acordo de delação assinado por Palocci está mantido.
Com informações: Terra