O governador Eduardo Campos bateu o martelo e lançou Geraldo Júlio, o substituto de Fernando Bezerra na secretária de Desenvolvimento Econômico, para prefeito do Recife pelo PSB.
O governador foi quem escolheu o nome de Geraldo. A justificativa de Campos para abandonar o PT tem a ver com o conflito interno do partido de Lula para consolidar um candidato no Recife, hoje o senador Humberto Costa. A decisão de Eduardo racha a Frente Popular e deixa o PT fragilizado. PTB e PCdoB podem caminhar juntos com o candidato do governador.
A decisão do PSB de ter um nome na majoritária em Recife reforça um comentário feito pelo pré-candidato a prefeito em Petrolina pelo partido da estrela, o deputado estadual Odacy Amorim. Logo após a entrevista coletiva que concedeu no início da semana, Odacy disse ao Blog que estaria acontecendo uma cruzada contra o PT no Estado.
Além de enfraquecer a candidatura petista na capital pernambuca, há 12 anos sob gerencia do Partido dos Trabalhadores, articulações do grupo de Eduardo Campos enfraquecem a candidatura do PT em Petrolina. A última investida se deu com a tomada do PP, até então na coligação de Odacy.
A decisão de ter um nome próprio para disputar a prefeitura do Recife pode relevar, também, os interesses do PSB em 2014, quando o ministro Fernando Bezerra deverá se lançar como candidato a governador. Tendo a capital nas mãos, a legenda pode agregar as forças da região metropolitana com a do interior, sobretudo a do sertão.
Se o dito candidato do governador, Fernando Filho, não sair vitorioso na eleição de Petrolina, os planos de Eduardo e companhia podem estar livres de grandes riscos. Matéria publicada pelo Jornal do Commércio de ontem aponta uma aproximação entre Campos e o ex-governador Jarbas Vasconcelos, grande cacique estadual do PMDB, sigla do Dr Julio Lossio, que pretende governar a cidade mais importante do sertão sanfranciscano por mais quatro anos.
