Na quarta matéria da séria sobre a indústria da delação premiada da Lava Jato, feita em conjunto pelo Jornal GGN e o DCM, destacamos os principais trechos do áudio do encontro dos deputados Paulo Pimenta e Wadih Damous com o advogado Rodrigo Tacla Durán. As anteriores estão aqui.
Os deputados Paulo Pimenta e Wadih Damous, integrantes da CPI da JBS, viajaram por conta própria a Madri, na Espanha, e ouviram o advogado Rodrigo Tacla Durán, processado pela Lava Jato por lavagem de dinheiro.
O áudio foi protocolado na CPI e divulgado por alguns sites. O DCM e GGN têm o áudio desde segunda-feira, mas, antes de ser publicado, foram checadas as informações e colocadas em seu contexto, com observações ao final dos trechos separados por tema.
Também se preferiu transcrever, para facilitar o entendimento e dar oportunidade para reflexão e assimilação, dada a complexidade das informações e situações tratadas.
É uma forma de explicar um caso complexo, não apenas jogar gasolina na fogueira.
Tacla Durán é um homem-bomba. Pode aprofundar cada caso abordado por ele. Fala com propriedade.
Mas, é claro, acusado, tem interesse de fazer sua defesa.
É um direito dele, mas não se pode esquecer que ele vai até onde a lei não o alcance.
Foi, efetivamente, operador da Odebrecht. Trabalhou lá.
O depoimento de Tacla Durán à CPI da JBS é uma oportunidade para revelar ao Brasil as entranhas de um sistema que parece apodrecer antes mesmo de se tornar maduro.
É uma operação que atinge alvos pré-definidos, daí a plausibilidade das informações de que provas são montadas e versões criadas, como se juntassem peças de um enredo.
Os leitores desta série já estão tomando conhecimento dessa máquina perversa, que está longe de produzir justiça. Com o depoimento à CPI, transmitido ao vivo, o alcance será muito maior.
A CPI, se não não deve nada a ninguém, precisa aprovar o depoimento de Rodrigo Tacla Durán.
Confira a íntegra do texto no site do jornal GGN. (247)
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