Tecnologias de processamento de coco babaçu são tema de palestra na Agrotins

Por Ricardo Banana
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Entre os dias 15 e 18 de junho, acontece mais uma edição da Agrotins, a Feira Agrotecnológica do Tocantins, cujo tema deste ano é “Agro 4.0 – Tecnologia no campo”. É a 21ª edição, que, assim como no ano passado, será totalmente virtual. A Embrapa Cocais é uma das Unidades da Empresa que participa do evento mostrando novidades e resultados de pesquisa. O pesquisador da Embrapa Cocais José Mário Ferro Frazão irá apresentar palestra de tema “Tecnologias de processamento de coco babaçu em escala familiar”, com destaque para ferramenta de quebra do coco, em processo de validação pelas quebradeiras do Maranhão e já com resultados promissores.
No estado, atualmente cerca 75 mil famílias estão envolvidas no extrativismo do coco babaçu, sendo a remuneração das mulheres muito aquém de suas necessidades básicas de sobrevivência e o trabalho bastante penoso e insalubre. Para mudar essa realidade, a Unidade da Embrapa no Maranhão tem desenvolvido processos e produtos tecnológicos com parceiros institucionais e participação das quebradeiras de coco, que contribuem com o conhecimento tradicional.
Segundo adiantou José Mário Ferro Frazão, em sua fala será analisada a evolução do extrativismo no Maranhão e seus principais gargalos, bem como as estratégias da Embrapa Cocais para melhoras as condições de trabalho e de renda das quebradeiras de coco, por meio de tecnologia para agregar valor aos subprodutos do coco. A ferramenta de quebra do coco babaçu é fruto desse esforço. É uma tecnologia social, ou seja, desenvolvida em interação com a comunidade, representando efetiva solução inovadora para resolver problemas sociais. O protótipo é resultado dessa criação conjunta entre inventores e quebradeiras. “Juntos, fizemos adaptações de acordo com as necessidades e contribuições das quebradeiras de coco. O resultado foi uma ferramenta de uso individual, ergométrica que propicia que a extração da amêndoa seja feita com a pessoa sentada em uma cadeira, sem uso do machado e com uma força menor que a empregada anteriormente para quebrar o coco”, explicou Frazão.
Entre os parceiros envolvidos em projetos voltados para a cadeia do babaçu no Maranhão, destacam-se: Projeto Bem Diverso, Fundo Amazônia, Fundo Global do Ambiente – GEF, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, Federação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – Fapema, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Instituto Federal do Maranhão – IFMA, Associação Maranhense de Artesãos Culinários – AMAC, Secretaria de Agricultura Familiar – SAF e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – Secti do Governo do Maranhão e Banco da Amazônia. Na Embrapa são parceiras a Embrapa Agroenergia, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Meio Norte e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Embrapa na Agrotins – Neste ano, são ao todo 23 centros de pesquisa da Embrapa que compartilham  na Agrotins os resultados de seus trabalhos em diferentes formatos: soluções tecnológicas; publicações; programas de vídeo e de áudio. No site https://www.embrapa.br/agrotins-2021, O site oficial da feira, por onde poderá ser acompanhada toda a programação ao vivo dos quatro dias do evento, é https://agrotins.to.gov.br/.

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