Trabalhadores da refinaria e da petroquímica decidem manter greve (será mais uma herança de FBC?)

Cerca de 15 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroquímicaSuape (PQS) permanecerão em greve até a hoje segunda-feira (19), quando haverá nova assembleia para definir os rumos da paralisação. A decisão foi tomada na manhã de quarta-feira, no canteiro de obras do Complexo de Suape. O posicionamento dos operários é contrária à decisão proferida pelo pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que considerou, por unanimidade, a ilegalidade do movimento paredista.

Pouco antes da assembleia, houve confronto entre os grevistas e a polícia. A confusão ocorreu quando membros do sindicato caminharam em direção à refinaria para que os trabalhadores que se encontravam lá fossem liberados para participar da assembleia. Cerca de 30 soldados da Polícia Militar e outros 30 do Batalhão de Choque intervieram com bombas de efeito moral e balas de borracha. Alguns funcionários foram feridos.

Por volta das 6h30, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) interditou a PE-60, via que dá acesso ao Complexo Industrial Portuário de Suape, para impedir que ônibus com os trabalhadores chegassem à refinaria e à petroquímica. A via foi liberada pouco depois.

Depois de caminhar cerca de 20 quilômetros do portão 2 da refinaria até o giradouro de Suape (conhecido como curva do boi), os trabalhadores paralisaram a via. Alguns caminhões tentaram furar o bloqueio e receberam pedradas dos manifestantes. A liberação ocorreu às 10h30.

Em nota à imprensa, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representa as empresas, informou que “lamenta registrar que o sindicato da categoria profissional dos trabalhadores (Sintepav-PE) insiste em prosseguir com esta conduta de não atender às decisões legais protoladas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-6ª Região) e de se sobrepôr aos limites fixados por sua representatitividade sindical”.

 Fonte: Diario de Pernambuco

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