Com vistas às eleições internas e com radar em 2020, o Partido dos Trabalhadores – PT – em Petrolina/PE, demonstrou maturidade e força nas definições para a escolha de uma chapa única para o comando do diretório municipal da legenda neste que é o sexto maior colégio eleitoral de Pernambuco. Os membros do PT petrolinense, chegaram ao consenso através do diálogo e do entendimento entre as diversas tendências partidárias e com isso, saiu-se fortalecido.
O PED – Processo de Eleições Diretas do PT – irá escolher todos os novos comandos do partido em níveis nacional, estadual e municipal, sendo eleito pelo voto dos filiados da sigla. Em Petrolina, a resolução que definiu a chapa única (Unir para resistir, lutar para libertar e vencer) para o comando do partido no município, definiu o nome de Robson Nascimento, coordenador regional do Sintepe, como candidato a presidente e os demais membros do Diretório – que chega a mais de 30 – , representando cada ala representante de lideranças petistas da maior cidade do sertão, a exemplo dos vereadores Professor Gilmar Santos e Cristina Costa; e da deputada estadual Dulcicleide Amorim e o ex-deputado Odacy Amorim, presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).
Outra definição dos petistas locais foi a afirmação da candidatura própria a prefeito em 2020. Não custa nada lembrar que em Petrolina, o Partido dos Trabalhadores obteve cerca de 70% dos votos nas eleições presidenciais em 2018, um reconhecimento do petrolinense ao projeto da sigla que se contrapõe ao que está à frente do País.
A expressiva votação do PT em Petrolina sinaliza para 2020 um bom caminho para o partido seguir e fará com que o eleitor avalie que rumo deve escolher. Se o projeto que sempre defendeu as conquistas e os direitos dos trabalhadores, conseguiu uma série de avanços sociais e de melhoria de vida dos brasileiros, ou o projeto atual do Governo Jair Bolsonaro, que tem feito o caminho inversos dessas conquistas.
Bolsonaro conta com a defesa das principais lideranças que fazem a atual administração de Petrolina, como os grupos do senador Fernando Bezerra Coelho (líder de Bolsonaro no Senado) e do atual prefeito Miguel Coelho, natural candidato à reeleição. O grupo comunga atualmente com essa pauta de Bolsonaro, da retirada de direitos, como os previdenciários e o da aposentadoria; da venda das riquezas e do patrimônio do país, que amplia a lista de agrotóxicos na agricultura e persegue a educação com cortes substanciais de verbas em todos os níveis de escolaridade, principalmente nas universidades.
São esses dois projetos que estarão postos no pleito municipal, o dos avanços sociais e econômicos com Lula e Dilma, e o do desmonte e perseguição a tudo que ficou com Bolsonaro. O PT mostra sua força, tem capacidade de somar com outras siglas como o PSB e MDB e vai em busca da reconquista do projeto que colocou a inversão de prioridades na pauta do dia.
Em Petrolina, a discussão vai caminhar nessa linha. Para o PT e a oposição em Petrolina, não adianta grandes obras, duplicações de avenidas, se o povo não tem emprego, saúde, educação de qualidade, e dignidade e oportunidades. E o PT vem unido e forte para mostrar os dois projetos que estarão em jogo, conforme definiu a resolução do PED 2019.