A Nova Conjuntura Política em Petrolina Pós-2014

Por Ricardo Banana
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imagemO resultado que emergiu das urnas em Petrolina na corrida eleitoral vem consolidar a tendência de desconcentração do poder político no município entre os vários grupos e personagens da seara política municipal.

Nos últimos 10 anos o município vem vivendo transformações gigantescas em seu cenário político. Algumas visíveis e em curso e outras subliminares, mas, em evolução. Um primeiro aspecto é que tínhamos há 10 anos um quadro político capitaneado pelas forças de Osvaldo Coelho, Fernando Bezerra Coelho, o Partido dos Trabalhadores (Isabel Cristina) e Gonzaga Patriota.

Nos dias atuais e embalado a partir dos resultados das urnas vemos que o poder político tornou-se mais descentralizado e pulverizado. Esse novo cenário será o que, obrigatoriamente, terá que se levado em consideração na sucessão municipal em 2016.

 

Em 2014 temos um cenário em que se consolidam os grupos que determinarão o processo decisório de 2016 como Julio Lóssio, Osvaldo/Guilherme Coelho, Fernando Bezerra Coelho, Lucas Ramos, Odacy Amorim, Adalberto Cavalcanti e Gonzaga Patriota.

Logicamente que o grupo do Prefeito Julio Lóssio, pelo fato de estar com o “poder da caneta na mão” acaba por sair na dianteira dos demais.

O Prefeito Julio Lóssio terá 02 grandes desafios: 1 – concluir uma gestão que esteja bem avaliada pela população e 2 – apresentar um candidato capaz de agregar corações e mentes, para dar continuidade ao legado do atual prefeito. Se isso será possível só o tempo dirá, mas, vale salientar que esse cenário depende muito mais de fatores e elementos internos à gestão do que fatores externos.

Esses dois elementos expostos acima poderá ser o balizamento da capacidade de agregar outras forças políticas para a continuidade do projeto em curso, ou o inverso, ser um fator de afastamento de possíveis aglutinações políticas.

No pólo aposto, o grupo com maior potencial, sem duvida, é o de FBC, mas, apesar de ter sido um dos grandes vitoriosos da eleição de 2014, enfrentará muitas dificuldades para aglutinar sonhadores em sua causa diante da sua atuação oposicionista ao governo federal que o levará, certamente, a ter dificuldades na implementação de planos, projetos e ações de curto prazo e até mesmo a impossibilidade de indicar o cargo-mor da 3ª SR da CODEVASF em Petrolina, o que provocará uma desidratação política em seu grupo já que a composição e atuação do governo do Estado no município não torna possível, para efeito comparativo, um grande volume de prestação de serviços e entregas de obras em relação à capacidade do município.

Assim, diante desse novo cenário de pulverização do poder político no município, existe mais um elemento que provoca arrepios nos gestos e ações dos oposicionistas ao Prefeito Julio Lóssio: A possibilidade da eleição ser realizada em 2º Turno nas eleições de 2016. Já que o município deverá ultrapassar os 200 mil eleitores.

Esse novo ingrediente pode levar a uma maior pulverização de candidaturas a Prefeito e uma maior quantidade de chapas proporcionais reduzindo as margens de atuação e controle do pleito como se tem até o presente momento.

A análise de conjuntura, para o analista, é sempre um momento delicado, porém, a redução dos riscos na análise se dá quando se leva em consideração a tendência dos fatores e elementos postos.

Por GERALDO F. S. JUNIOR – É Economista e Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão de Petrolina-PE.

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2 comentários

JOAO FERNANDO 11 de novembro de 2014 - 17:47

Adalberto Cavalcanti está fazendo com que os eleitores de Afrânio transfiram seu titulo eleitoral para Petrolina. Qual será a intenção dele com isso?

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JOAO FERNANDO 13 de novembro de 2014 - 15:54

Candidatos:
1-Odacy
2-FBC Filho
3-Adalberto Cavalcanti
4-Rosalvo
5-Pedro Filipe
6-Vilmar Capelaro

Segundo turno:
1 Adalberto Cavalcanti
2 Fernandinho

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