Tratamento para professores com síndrome de burnout

Por Ricardo Banana
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Primeiro o Rio de Janeiro, depois Goiás, agora Pernambuco. As estatísticas sobre problemas psicológicos enfrentados pelos professores de escolas públicas estão mobilizando as assembleias legislativas e obrigando os governos a cuidar da saúde mental dos seus educadores por força da lei. Seguindo o exemplo do deputado carioca Alcides Rolim (PT), o também petista Sérgio Leite apresentou o projeto de lei nº 958 / 2012. A proposição obriga o governo de Pernambuco a implementar um programa de prevenção e tratamento dos educadores diagnosticados com a síndrome de burnout.

 Exaustão mental e emocional, fadiga, depressão, diminuição do desempenho no trabalho, edurecimento afetivo, falta de envolvimento pessoal notrabalho. E tudo isso sem que a pessoa tivesse qualquer distúrbio psicopatológico anterior. Mais: os sintomas estão sempre relacionados à atividade profissional. “O trabalho pode adoecer qualquer pessoa, seja por causa de um chefe exigente e agressivo, um colega, um ambiente estressante ou mesmo o excesso de trabalho. Não precisa ser um emprego perigoso”, disse a psicóloga cognitivo-comportamental Beneria Donato.

 “O vandalismo, os ataques a professores, as violências entre alunos, a situação precária das escolas, a falta de valorização do profissional da educação, baixo salário e não reconhecimento resultam em condições degradantes, fazendo com que o educador entre para o caminho mais inconveniente do esgotamento emocional”, resume a justificativa do projeto de lei carioca.

 Caso o projeto pernambucano vire lei, o governo estadual terá que, gradualmente, ampliar a avaliação médica dos educadores da rede estadual no momento do ingresso ou quando houver necessidade. Além disso, será necessário oferecer acompanhamento por equipe composta por psiquiatras e psicólogos. Campanhas sobre a síndrome e ações para promover a saúde emocional do educador também estão previstas. A proposta entrou em tramitação no último dia 6 e ainda precisa passar pelas comissões de Educação, Saúde, Administração, Justiça e Finanças, antes de ir a plenário. Quase metade dos professores da rede estadual afastados de sala de aula e realocados em outra função entre janeiro de 2010 e junho de 2012 apresentavam problemas emocionais.

Fonte: Diario de Pernambuco

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