“Paralisação sim, desrespeito não”. Este é o título de um e-mail enviado na noite desta quarta-feira (14) para a redação do Blog Alvinho Patriota pela professora Rosivania Alencar, do município de Casa Nova-BA, localizado no norte da Bahia, distante 64 quilômetros de Petrolina. No artigo a educadora afirma que a paralisação é um ato legal e não é aceitável que os gestores ou seus representantes venham a público pedir que os profissionais não apoiem à grave. “É uma vergonha, pois é notório que secretaria de educação, é cargo comissionado, mais o professor não! Lembrem-se, hoje vocês detêm certo ‘poder’, mas nós sempre seremos professores”, ressalta.
Rosivania lembra que várias cidades ainda não pagam o Piso Nacional do Magistério, usando Casa Nova-BA como exemplo. “Em Casa Nova – BA o profissional da educação não ganha o piso e nem próximo a ele, pois a maioria dos professores, só trabalha 20 horas semanais. Vale ressaltar que não dispomos nem de plano de cargo e carreira. Um professor que entrou hoje na educação na cidade ganha igual um salário base a mim que já tenho mais de oito anos de trabalho prestado ao município”, expõe, acrescentando outros problemas na educação da região do Vale do São Francisco.
A educadora cita que a educação educacional de Petrolina autorizou a reforma da creche do bairro Pedro Raimundo durante os dias de funcionamento, quando o serviço poderia ser feito nas férias. “Não se lembraram do prejuízo educacional desses alunos e nem pensaram nas mães que precisam deixar seus filhos para ir trabalhar e que hoje necessitam pagar alguém para cuidar dessas crianças ou contar com a ajuda de familiares.”
Tirando dos professores parados a responsabilidade pela falta de aula dos alunos, a professora baiana argumenta que a paralisação é um direito dos educadores. “Quando é culpa dos secretários ou de secretárias que não tem aulas, não há problema algum, mais quando queremos lutar pelos nossos direitos, os alunos serão prejudicados”, conclui Rosivania.
Fonte: Blog do Alvinho
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