A irrigação no começo de tudo em Petrolina – parte 1

Por Ricardo Banana
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Ali, na Pedra do Bode, as marcas estão por lá até agora. Zona ribeirinha de Petrolina. O prefeito João Barracão (1948-1951) iniciou essa busca por uma solução econômica com essa roda d’água para experimentar a IRRIGAÇÃO por elevação. (Na foto João Barracão de paletó branco, é o quatro da esquerda pra direita).

O governador de Pernambuco era Agamenon Magalhães que lhe dava total apoio político e estratégico para imprimir obras estruturadas. Sim, 70 anos atrás, para esta cidade agora uma média metrópole tendo ao redor cerca de 52 municípios que lhe são atrelados em muitas áreas de desenvolvimento. As condições para a sustentabilidade ambiental Petrolina reunia. O Rio São Francisco sua principal fonte de riqueza e inspiração para tamanha ousadia. Uma obra quase artesanal, a roda d’água, pressionando governos para empreendimentos vultosos, com demandas sociais principalmente. A cidade vertendo sua caatinga, bioma rico e harmônico em inteligente investimento com a força e garantia de muita água para assegurar um ciclo econômico seguro, quase vitalício que torna agora, PETROLINA, um caminho sem volta.

Quem imaginaria, essa cidade, com o espectro da seca em sua volta, fosse razão dessa ousadia que tempos depois, despertou o então governador de Pernambuco, Nilo Coelho (1968-1971) um petrolinense com casa na beirinha desse Velho Chico, levar adiante, a pretensão de seu adversário político, João Barracão, a idéia de tamanho divisor de águas, a IRRIGAÇÃO. Esse ciclo econômico que se tornou protagonismo em dimensão nacional. A razão de tamanha explosão demográfica e a certeza de empregos e atenção do governo federal. A capacidade de Petrolina agora com sua vida consolidada tem a presença histórica de nomes caatingueiros que dedicaram seus investimentos, Anísio Moura, Gregório Ramos, J. Brandão, José Moxotó, entre outros que creram nessa fronteira de prosperidade. As grandes empresas que hoje se aliam aos colonos, aos agricultores que respondem pelos perímetros de Bebedouro, Nilo Coelho e Maria Tereza. Tudo nessa velocidade que se alia a fronteiriça Juazeiro da Bahia.

Marcelo Damasceno
Repórter de Petrolina PE

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