Greve

“Ainda não há acordo com governo”, diz professor sobre greve da Univasf

imagemA greve dos servidores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) segue nos seis campi da instituição. Apesar das atividades estarem paralisadas desde o dia 23 de julho, o calendário do primeiro semestre não foi afetado, pois ele havia sido concluído normalmente antes da deflagração. A Univasf possui dois campi em Petrolina, no Sertão pernambucano, o Sede e o Ciências Agrárias, além de três na Bahia, Juazeiro, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, e um em São Raimundo Nonato-PI.

Entre as pautas de reivindicação estão a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e reajuste salarial. Além disso, outro ponto de destaque do movimento é pelo fim dos cortes orçamentários de atividades de ensino, pesquisa e extensão. “A falta de verba é um dos problemas mais graves. Tem laboratório e unidade sem funcionar por causa dos cortes. A Univasf está com déficit de, pelo menos, R$ 6,3 milhões”, contou o integrante do comando de greve, o professor Nilton Almeida.

Entre os cortes sofridos pela instituição, está a diminuição de 75% para a pós-graduação. “Muitas bancas ficaram comprometidas, muitas avaliações foram prejudicadas. Foi criada uma situação desesperadora”, declarou Nilton. O docente disse também que para a categoria não houve muitos avanços nas negociações com os Ministérios da Educação e do Planejamento. “Nas reuniões com o Sindicato dos Servidores Federais, o Governo não tem sinalizado nada para a Educação. A única coisa apresentada foi um aumento de 21,3% para todos os servidores públicos, isso parcelado em quatro anos, o que corresponde a cerca de 5% em 2016, índice abaixo da inflação que é está próximo de 9%”, explicou Almeida.

A Univasf tem 25 cursos, cerca de 500 professores e, segundo Nilton, a adesão nos campi de Petrolina está próxima a 100%. O número de discentes é de mais de 5 mil alunos. Ao contrário da primeira greve dos servidores, em 2012, que aconteceu durante o período letivo, a de 2015 foi planejada em assembleia, no mês de junho, para coincidir com as férias.

IF Sertão-PE

 imagem2Na outra instituição de ensino superior pública da região, o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), quatro campi aderiram à greve nacional. A Reitoria, os campi de Salgueiro e Serra Talhada estão paralisados desde o dia 13 de julho. As duas unidades de Petrolina, a Petrolina Zona Rural e a do bairro João de Deus, estão em estado de greve, mas só devem parar as atividades, a partir de 11 e 24 de agosto, respectivamente, que é quando terminam os recessos acadêmicos. Dessa forma, o calendário 2015.1 também não deve ser afetado.

Os outros campi do Instituto, nas cidades de Santa Maria da Boa Vista, Floresta e Ouricuri, realizaram assembleias e decidiram por não aderir à greve. Nesses locais, o calendário de aulas não foi alterado. Os docentes do IF Sertão-PE reivindicam a reposição de perdas salariais, corrigidas pela inflação, além de implantação da data base e isonomia dos benefícios entre os três poderes. (G1 Petrolina)

Blog do Banana

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