“Ainda não há acordo com governo”, diz professor sobre greve da Univasf

Por Ricardo Banana
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imagemA greve dos servidores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) segue nos seis campi da instituição. Apesar das atividades estarem paralisadas desde o dia 23 de julho, o calendário do primeiro semestre não foi afetado, pois ele havia sido concluído normalmente antes da deflagração. A Univasf possui dois campi em Petrolina, no Sertão pernambucano, o Sede e o Ciências Agrárias, além de três na Bahia, Juazeiro, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, e um em São Raimundo Nonato-PI.

Entre as pautas de reivindicação estão a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e reajuste salarial. Além disso, outro ponto de destaque do movimento é pelo fim dos cortes orçamentários de atividades de ensino, pesquisa e extensão. “A falta de verba é um dos problemas mais graves. Tem laboratório e unidade sem funcionar por causa dos cortes. A Univasf está com déficit de, pelo menos, R$ 6,3 milhões”, contou o integrante do comando de greve, o professor Nilton Almeida.

Entre os cortes sofridos pela instituição, está a diminuição de 75% para a pós-graduação. “Muitas bancas ficaram comprometidas, muitas avaliações foram prejudicadas. Foi criada uma situação desesperadora”, declarou Nilton. O docente disse também que para a categoria não houve muitos avanços nas negociações com os Ministérios da Educação e do Planejamento. “Nas reuniões com o Sindicato dos Servidores Federais, o Governo não tem sinalizado nada para a Educação. A única coisa apresentada foi um aumento de 21,3% para todos os servidores públicos, isso parcelado em quatro anos, o que corresponde a cerca de 5% em 2016, índice abaixo da inflação que é está próximo de 9%”, explicou Almeida.

A Univasf tem 25 cursos, cerca de 500 professores e, segundo Nilton, a adesão nos campi de Petrolina está próxima a 100%. O número de discentes é de mais de 5 mil alunos. Ao contrário da primeira greve dos servidores, em 2012, que aconteceu durante o período letivo, a de 2015 foi planejada em assembleia, no mês de junho, para coincidir com as férias.

IF Sertão-PE

 imagem2Na outra instituição de ensino superior pública da região, o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), quatro campi aderiram à greve nacional. A Reitoria, os campi de Salgueiro e Serra Talhada estão paralisados desde o dia 13 de julho. As duas unidades de Petrolina, a Petrolina Zona Rural e a do bairro João de Deus, estão em estado de greve, mas só devem parar as atividades, a partir de 11 e 24 de agosto, respectivamente, que é quando terminam os recessos acadêmicos. Dessa forma, o calendário 2015.1 também não deve ser afetado.

Os outros campi do Instituto, nas cidades de Santa Maria da Boa Vista, Floresta e Ouricuri, realizaram assembleias e decidiram por não aderir à greve. Nesses locais, o calendário de aulas não foi alterado. Os docentes do IF Sertão-PE reivindicam a reposição de perdas salariais, corrigidas pela inflação, além de implantação da data base e isonomia dos benefícios entre os três poderes. (G1 Petrolina)

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1 comentário

Maria Josefa Silva 4 de agosto de 2015 - 7:01

Não vão conseguir nada nesta crise que assola o país e só vão prejudicar o alunado. Melhor pensar direito. Os professores da educação de pernambuco já voltaram sem grandes conquistas. A coisa tá preta.

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