Da abertura, no último dia 03 de agosto, com o Abre Alas Pro Velho Chico – um cortejo que animou as principais ruas do centro com uma série de atrações nas mais variadas linguagens artísticas, até o encerramento, sábado passado (18), com o Virarte – uma grande maratona, com 12 horas de atrações culturais ininterruptas, esta oitava edição do Festival de Artes do Vale do São Francisco – Aldeia do Velho Chico certamente foi a melhor de todas.
Acontecendo em 20 polos espalhados pela cidade, como o Sesc Petrolina, Igreja Catedral, Museu do Sertão, Bambuzinho, Praça Dom Malan, Portal do Rio, Orla e a Ilha do Massangano, além de 10 escolas públicas de bairros de Petrolina e na vizinha Juazeiro (BA), a Aldeia do Velho Chico edição 2012 apresentou muitas novidades. Ampliamos a oferta de ações nas linguagens de artes visuais e literatura, e como resposta, recebemos um grande público nos encontros com os escritores de renome nacional, a exemplo de Elisa Lucinda, Marcelino Freire e Chico Pedrosa, e nas artes plásticas, destacamos Gil Vicente, Renato Valle e Manoel Veiga.
Nestes 16 dias de Festival, mobilizamos 1000 artistas em 115 ações, entre espetáculos, shows, oficinas, lançamentos de livros, recitais literários, intervenções, exposições, exibição de longas e curtas metragens. Profissionais que chegaram de sete estados e 15 cidades brasileiras trazendo 94 atrações, dentre elas, 23 atividades formativas, nas linguagens de cinema, artes cênicas (teatro, dança e circo), música, artes visuais, literatura e artesanato. E o resultado, não poderia ser mais gratificante: recebemos um público de 70 mil pessoas assistindo gratuitamente a quase todas as atrações, exceto aquelas realizadas no Centro de Cultura João Gilberto e no Palco da Musica, no Sesc Petrolina, onde foram cobrados R$ 5,00 por espetáculo.
A VIII Aldeia também superou as nossas expectativas com relação ao item formação. Foram oferecidas 10 oficinas neste sentido, onde 176 alunos da rede municipal e estadual de ensino concluíram oficinas de teatro, vídeo, cerâmica, percussão, stencil, literatura de cordel, dança contemporânea e dança popular.
Também participaram de oficinas de capacitação, 27 professores e 202 artistas-produtores de várias cidades da região. Outra novidade desta Aldeia, que é um desdobramento do projeto nacional Palco Giratório, foi a Mostra Itinerante de Artes, que surpreendeu os moradores de 10 bairros com espetáculos de qualidade nas mais variadas linguagens. Ampliamos também nesta edição os horizontes do jornal informativo, A Ponte, que circulou em três edições, agora com oito páginas e uma tiragem total de 10 mil exemplares.
Promovendo o intercâmbio artístico, qualificando a produção local e a educação dos sentidos nas mais variadas linguagens de artes, a Aldeia do Velho Chico foi a primeira das aldeias realizadas pelo Sesc em Pernambuco. Ela inspirou a criação de mais três: Aldeia Yapoatan (Jaboatão dos Guararapes), Aldeia Olho d’Água dos Bredos ( Arcoverde), Aldeia Vale Dançar (Petrolina). Esse movimento de produção, pensamento e apreciação artística já se consolidou como o maior festival de artes do Vale do São Francisco.
A descentralização, com atrações em vários polos e o cruzamento com projetos, a exemplo do Palco Giratório, Sonora Brasil, Arte Sesc, Encena PE, Experimenta Cena e Aldeia Vale Dançar, são elementos essenciais para o ascendente crescimento do evento. Agradecemos a todos que estiveram envolvidos, direta e indiretamente, e em especial, à toda equipe de produção e aos técnicos de cultura do Sesc Petrolina. Obrigado à imprensa, aos artistas e ao público que nos anima, envolve e impulsiona a realizar, a cada ano, uma Aldeia mais bonita e melhor. Até o ano que vem!
*Jailson Lima é coordenador geral do Aldeia do Velho Chico
Clas Comunicação
Blog do Banana
1 comentário
Parabéns à todos que fazem a aldeia do velho chico!!
Atenciosamente; Ranilson Viana
Artista Plástico