Audiência pública aponta saídas para funcionamento adequado da Rede Interestadual de Saúde do Vale do São Francisco (Rede PEBA)

Por Ricardo Banana
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imagemimagem2Após mais de seis horas de debate, a audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e Câmara de Vereadores de Petrolina serviu para definir alguns encaminhamentos que serão repactuados dentro da Rede de Integração de Saúde do Médio São Francisco, conhecida como Rede PEBA. O sistema congrega 52 municípios dos estados de Pernambuco e Bahia e tem sido bastante questionado pela população local. A audiência aconteceu nesta quarta, 16, na Câmara de Petrolina.

Segundo o deputado estadual Odacy Amorim, PT-PE, presidente da Comissão de Saúde da Alepe e que propôs a audiência, foi um debate rico e importante na medida que foram apresentados os problemas do sistema e definidos alguns encaminhamentos que farão parte da reunião do colegiado da Rede PEBA onde participam secretários de saúde dos estados e dos municípios pactuados. O encontro que ocorreria em dezembro, não aconteceu por causa da ausência da Bahia, mas está previsto para 20 de outubro, em Petrolina, coordenado pelo Ministério da Saúde.

“Essa reunião é que define as coisas da Rede PEBA. Tivemos a presença de representantes da Bahia. Dois pontos foram importantes, a destinação de recursos para a implantação de serviços de urgência e emergência de traumas em Juazeiro e a construção de uma maternidade de baixa complexidade em Petrolina, para partos normais. Vemos mulheres aqui disputado atendimentos com gravidas de outros municípios que superlotam o Hospital Dom Malan-Imip, mas o ministério da Saúde já encaminhou a verba para o estado que busca um terreno e deve licitar a maternidade até dezembro”, revelou Odacy.

Para a representante da secretaria executiva do Ministério da Saúde, Neyde Glória Garrido, a intenção é buscar dialogar para poder progredir no sistema. “Essa é uma rede que funciona, mas no momento enfrenta problemas de gestão, e sobretudo, de entendimento”, comentou Gloria, frisando que a missão diária do Ministério é fazer com que a contratação interfederativa, funcione.

“Não cabe a nós uma fiscalização. Não temos esse poder, mas estamos olhando, buscando resolver os problemas. Esse modelo é importante e que o sistema funcione. Cada um deve fazer a sua parte”, afirmou Glória.

Ausência o HDM-Imip

A discussão contou com representantes do Ministério da Saúde, das secretarias de Saúde de Pernambuco e Bahia e de Petrolina e Juazeiro-BA; do Hospital Universitário Dr. Washington Barros (ex-Hospital de Urgência e Traumas), vereadores e demais convidados. A baixa da audiência foi a ausência de representantes do Hospital Dom Malan gestão IMIP Hospitalar que junto com o HU e o Hospital Regional de Juazeiro, formam as principais unidades hospitalares de alta complexidade na Rede PEBA.

“O Imip não ter vindo no debate é grave. O ministério da Saúde veio, os governos da Bahia, de Pernambuco também, por que não o Imip? questionou o deputado Odacy Amorim. Autor em conjunto do debate, o vereador Ronaldo Souza (Ronaldo Cancão), PSL, não economizou nas críticas ao Imip.

“Deixo aqui meu repúdio. O governo estava aqui presente. Vou exigir providências do governador Paulo Câmara (PSB) de quem sou aliado, mas não fecho os olhos na questão do Imip que já virou caso de polícia”, declarou Cancão.

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