Aumenta número de doadores de órgãos em Petrolina, PE

Por Ricardo Banana
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imagePetrolina registrou aumento na captação de órgãos no último mês de 2013. Em dezembro, dos 17 órgãos captados em todo o estado, 7 foram de Petrolina. O número aumentou em mais de 350% em relação aos meses anteriores em que a Organização de Procura de Órgãos (OPO) captava de um a dois órgãos.

A enfermeira chefe da OPO, Samyra Pereira de Moraes afirma que a meta de uma doação por mês já era cumprida, mas com este número muitas pessoas que estavam na fila de espera em Pernambuco puderam realizar o transplante. “A gente estava agoniado com tanta correria, pois as captações foram em dias sequenciados, mas a sensação é muito boa em saber que pessoas que estariam esperando um doador já saíram da fila”, declarou a enfermeira.

A fila de espera envolve pacientes de todo o Estado. Atualmente 1.700 pessoas aguardam por doações de órgãos em Pernambuco.

Mauricio Nunes do Nascimento, de 48 anos, está há mais de 8 anos aguardando um transplante de rim. Para ele, a dificuldade é a falta de informação da população sobre o assunto. “Se as pessoas tivessem mais sensibilidade em tomar uma decisão de junto à família e se tornar um doador, acredito que não teria tanta gente na fila”, diz o paciente enquanto faz hemodiálise.

A ausência de doadores é o que aumenta o número de pessoas na fila de espera por um órgão. “Sei da dificuldade na compatibilidade entre doador e paciente, mas a quantidade sendo pequena fica ainda mais difícil de a gente um dia sair desse tratamento que é tão sofrido”, lamenta.

Segundo Samyra, o trabalho da Organização de Procura de Órgãos é maior quando a família do doador não aceita o protocolo de morte encefálica, quando todas as funções do cérebro param. “O protocolo dura em torno de 24 horas e neste tempo, o paciente é submetido a diversos exames, repetidos a cada seis horas por dois médicos”, explicou.

Ao todo em 2013, 77 pessoas foram saíram das filas de doação. Além de Petrolina, apenas Recife e Caruaru fazem a captação de órgãos em todo o estado. O transplante de córnea está com fila zerada e é o único feito em Petrolina. Depois de retirada, a córnea pode ser utilizada por até 14 dias entre a captação e o transplante, diferente do coração que permanece até 4 horas entre um procedimento e outro.

“Para se tornar um doador de órgãos basta apenas informar aos familiares”, ressaltou Samyra. De acordo com a enfermeira, atualmente não há nenhum documento, ainda que registrado em cartório, que autorize a doação de órgãos. A decisão fica a cargo da família. (G1 Petrolina E Região)

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