BRESSER-PEREIRA: PMDB TRARIA GUINADA NEOLIBERAL

Por Ricardo Banana
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imagemTucano histórico, um dos fundadores do PSDB – mas desligado do partido em 2011 –, o economista e cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira voltou a criticar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em uma entrevista concedida ao portal Calle 2 – revista eletrônica com narrativas da América Latina –, como vem fazendo com frequência recentemente.

“Entendo essencialmente que o impeachment contra a Dilma constitui um golpe de Estado e portanto é um atentado contra a Constituição brasileira, o que, a meu ver, é muito grave”, avalia Bresser-Pereira, hoje com 81 anos. A melhor saída, que ainda acho que é a mais provável, é a rejeição do impeachment, com Dilma seguindo seu governo. Ela é a presidente eleita, foi eleita regularmente, não há razão para o impeachment. Então vamos tratar de viver com ela”, propõe.

Em sua avaliação, um eventual governo do vice-presidente, Michel Temer, traria uma guinada neoliberal, o que pode condenar o Brasil a uma ‘estagnação de longo prazo’. Ele acredita que o padrão moral da política e o cenário econômico iriam piorar com o impeachment.

“Quando você vê a fotografia das pessoas que estavam na reunião do PMDB e compara o padrão moral daquelas pessoas com o padrão moral de quem está hoje no Planalto… com o impeachment, esse padrão moral vai piorar muito”, disse o economista.

Em sua avaliação, um eventual governo do PMDB faria um ajuste fiscal mais agressivo do que o atual e valorizaria o real, na tentativa de segurar a inflação. “Sou absolutamente contra, porque isso é condenar o Brasil a uma estagnação a longo prazo e talvez eternamente”. “É equivocada a tese de que, com o impeachment, os empresários restabelecem sua confiança e o Brasil volta ao paraíso”, acrescenta o ex-ministro dos governos de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

Sobre as denúncias de corrupção contra o PT, interpreta que “isso decorreu de alguns líderes” (…), e a presidente Dilma, que eu acredito que não esteve em nenhum momento envolvida nessa forma de financiamento do partido, está sofrendo por causa disso”.

Questionado sobre o cenário inflamado que se criou entre os brasileiros ao se discutir política, Bresser-Pereira opinou: “Houve uma guinada para a direita de uma parte importante da classe média, e ela então passou a ter um sentimento de ódio. Isso é fascismo, isso é profundamente antidemocrático. Quando entra o ódio na política, desaparece a razão, desaparece a política”.

Leia aqui a íntegra. (247)

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